sábado, 17 de maio de 2008

Assédio Moral Informe-se!!!A próxima vitima pode ser você!

Fui contratado para trabalhar em 24 de Março em regime de experiência por três meses, diante do que me foi apresentado do trabalho me interessei, e comecei a trabalhar na Portinho Advogados,filial de Ribeirão Preto Itaú, fiz o treinamento e comecei a atender no dia 26 do mesmo mês, logo não pude deixar de notar o relacionamento de minha superiora com os demais colegas, e me surpreendi com sua agressividade com as palavras, mas mesmo assim me dediquei ao trabalho, mas comecei a ficar preocupado depois do dia 27 em uma reunião que a mesma questionava os resultados e se direcionou para os funcionários em suas palavras que os mesmo ficavam olhando para ela com cara "bosta" e não estavam apresentando resultados e que inclusive os antigos que quisessem pedir contas que pedissem para não serem demitidos e não esquentarem as cadeiras.
Depois desse dia tive certeza que minha supervisora tinha sérias dificuldades em lidar com os seus subordinados não sabendo diferenciar pressão com opressão.
E durantes os dias pude presenciar vários momentos e atitudes de claro abuso de autoridade, como estava de experiência me senti inibido diante dessas situações e não procurei nenhum superior da mesma para relatar os ocorridos até porque essa situação já vinha acontecendo bem antes de eu chegar, em feed back com ela tive uma abertura e a alertei sobre seu comportamento agressivo e relatei minha experiência como supervisor e lhe dei idéias de dinâmicas e formas de interação para melhorar os resultados e o clima operacional.
Mas percebi com o tempo que o comportamento não mudava, e também passei de observador para vitima de muitos de seus atos de exposição e humilhações de funcionários, e o estopim foi no dia 15 de Maio onde a mesma em uma reunião se referiu a um funcionário da tarde que não fez o que a mesma solicitou por engano como um "filho da puta", por cinco vezes se referiu ao mesmo nesse tom, fiquei indignado com sua atitude, e acabei discutindo com a mesma quando fui chamado atenção que não estava prestando atenção em suas palavras e que estaria de costas para ela. Apenas não concordei com suas colocações e afirmei para que a mesma não distorça as minha palavras com afirmações desconexas.
Diante disso senti o clima muito pesado e logo imaginei que seria desligado por essa discussão, mesmo estando dentro de minhas metas e cumprindo de forma honesta e dedicada com meus afazeres.
E no dia seguinte 16 de Maio procurei outro supervisor de minha confiança e expliquei a situação e o mesmo me informou para ficar tranqüilo que eu estava sendo produtivo e apresentando bons resultados e que inclusive a mesma teria me elogiado em reuniões, só que para minha surpresa fui desligado nesse dia, a mesma apenas me deu a noticia sem maiores detalhes e pediu para que eu me direcionasse para a terceirizada, apenas me despedi de meus amigos e relatei o que escrevo nesse espaço para sua supervisora que foi muito prestativa e atenciosa, me pediu desculpas se eu tenha sido ofendido e que foi uma pena eu não a ter a alertado antes, e que tudo seria averiguado, deixei claro apenas que isso não poderia se repetir e a melhor forma de resolver isso é que tudo seja averiguado e que os funcionários sejam respeitados em seus direitos para que o que ocorreu comigo não volte a se repetir com ninguém, é de suma importancia que relatemos aos superiores abusos como esses, e em ultimo caso procurar ajuda jurídica, por isso deixo meu relato que espero que possa ajudar alguém que esteja passando pela mesma situação, sei que muitos podem discordar dessa forma que utilizo para relatar um fato como esse, mas é única forma que vejo de fazer justiça diante de um fato lastimável como esse, por isso preservei o nome das pessoas que conversei e até não escrevi o nome da supervisora, mas tudo o que escrevo é um triste fato que se não for tomado nenhuma atitude quem vai sempre ser prejudicado são os funcionários que estão em uma relação de desvantagem com o seu supervisor imediato, gostaria de indicar um site:
http://www.assediomoral.org, e abaixo segue um alerta:
"O assédio moral no trabalho não é um fato isolado, como vimos ele se baseia na repetição ao longo do tempo de práticas vexatórias e constrangedoras, explicitando a degradação deliberada das condições de trabalho num contexto de desemprego, dessindicalização e aumento da pobreza urbana. O basta à humilhação depende também da informação, organização e mobilização dos trabalhadores. Um ambiente de trabalho saudável é uma conquista diária possível na medida em que haja "vigilância constante" objetivando condições de trabalho dignas, baseadas no respeito 'ao outro como legítimo outro', no incentivo a criatividade, na cooperação."
Acesse o site se informe, pois a informação e organização é a nossa arma contra as injustiças do mundo do trabalho.

O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.
Martin Luther King

quinta-feira, 1 de maio de 2008

1° DE MAIO DIA DE LUTA






Hoje é um dia além do descanso, um dia de reflexão sobre os aspectos e desafios do trabalhador perante ao futuro que se espreia como a "flexibilização" das leis trabalhistas e perdas de direitos para a classe trabalhadora, além disso é dia de cultuar e lembrar dos mártires que deram a sua vida em nome de mais direitos e avanços como oito horas de trabalho, em Chicago nos E.U.A em 20 de agosto 1886, e por incrivel que pareça nos E.U.A não é feriado hoje, temos hoje no Brasil a juventude trabalhadora que segundo relatório da OIT:

“O que mais distingue os jovens dos adultos é o tipo de emprego ao qual têm acesso.Dois de cada três jovens trabalham em atividades informais, nas quais freqüentemente a remuneração é menor do que um salário mínimo e sem a cobertura da seguridade social”(p.38). Por isso, a renda da juventude é apenas 56% da recebida pelas pessoas adultas.Tal fragilidade diante do mercado explica porque jovens aceitam empregos que pessoas adultas recusam, como vimos na pesquisa no caso dos cortadores de cana(exigência de força física) e telemarketing(estresse emocional, horários pouco usuais).As pessoas se adaptam diante das poucas oportunidades e, freqüentemente, se consolam pensando que permanecerão nelas por pouco tempo, só até completar os estudos ou encontrar outro emprego."
Infelizmente essa é só a ponta do iceberg, pois poucos ainda conseguem o acesso a esses sub-empregos, tem a violência que assola a juventude com o sucateamento da educação pública e falta de pespectiva frente ao mercado de trabalho formal que afronta direitos com a disseminação de estágios que servem de desculpa para oportunidade mas que na verdade explora a mão de obra juvenil sem direitos trabalhistas e tira emprego muitas vezes de pais de familia.
Como podemos notar hoje é mais um dia de reflexão e organização da classe trabalhadora e a juventude para que práticas como essas citadas acima sejam extirpadas de nossa sociedade e que mais direitos sejam conquistados como a diminuição da jornada de trabalho sem alteração do salário, 14° e participação nos lucros nas empresas dentre outros, e como dizia o grande mátir simbolo da juventude:
"Se o presente é de luta, o futuro nos pertence"
CHE