quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ato Pró Dilma

No útlimo dia 23 de Outubro ocorreu um ato pró Dilma em Ribeirão Preto organizado pelo Deputado Estadual Baleia Rossi que tem meus parabéns pela iniciativa, tivemos a participação destacada de prefeitos da região,Deputados, lideranças locais além de militantes, estive presente e fiz uma breve entrevista com os Deputados Arlindo Chinaglia PT e Gabriel Chalita PSB que falaram desde liberdade de imprensa até educação no Estado de São Paulo, ouçam é só clicar no link logo abaixo da foto.


Gabriel chalita.wav




Entrevista arlindo chinaglia.wav

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

BALANÇO GOVERNO LULA E GOVERNO FHC



Neste momento crucial da história de nosso país não podemos nos encantar pelo canto da seria neoliberal que anseia retornar ao poder e terminar o que FHC iniciou nos seus 8 anos de retrocesso e alinhamento internacional a politica Norte Americana, façam as comparações e neste dia 31 vamos definir que os avanços devem continuar com Dilma Presidente.




ECONOMIA

Salário Mínimo - o salário mínimo passou de R$ 200,00 em 2002 para R$ 510,0 em 2010. Na comparação com o dólar, passou de US$ 81,00 para US$ 288,00 no mesmo período. O poder de compra do mínimo subiu de 1,4 cestas básicas em jan/03, para 2,4 cestas básicas em jul/10.

Emprego Formal – o Governo Lula gerou 14,7 milhões de empregos (jan/03 a set/10), enquanto o Governo FHC (1995 a 2002) criou apenas 5,0 milhões de empregos. Pela primeira vez, o Brasil tem mais empregos formais do que informais.

Taxa de desemprego – em 2002, a taxa de desemprego era 9,2%. Em set/10, chegou a 6,2%, a menor taxa desde o início da medição pelo IBGE.

Inflação – a inflação baixou de 12,53% a.a., em 2002, para 4,31% a.a. em 2009.

Exportações – subiram de US$ 60,3 bilhões, em 2002, para US$ 152,9 em 2009.

Reservas internacionais – passaram de US$ 38,0 bilhões em 2002 para US$ 275,0 bilhões em 2010.

Dívida com o FMI – FHC entregou o governo com uma dívida acumulada de US$ 20,8 bilhões, em 2002. O Governo Lula quitou toda a dívida em 2005, e, hoje, é credor externo, tendo emprestado US$ 10,0 bilhões ao FMI em 2009.

Investimento Público (Governo Federal e estatais) – a taxa de investimento passou de 1,4% do PIB em 2003, para 3,2% do PIB (abr/10).

Risco Brasil – teve pico de 1.439 pontos base em 2002. Com o Governo Lula, chegou a 206 pontos em set/10.

Dívida pública líquida – a razão da dívida pública sobre o PIB estava em 60,6% em2002, último ano do Governo FHC. Com o Governo Lula, esta razão caiu para 41,4%.



AGRICULTURA

Safra de grãos – em 2002, foram colhidas 97,7 milhões de toneladas de grãos. Já em 2010, são 148 milhões de toneladas – a maior safra da história.

Pronaf – o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar destinou, na safra 2002/2003, R$ 2,4 bilhões para os pequenos produtores brasileiros. Na safra 2010/2011, esse valor subiu para R$ 16,0 bilhões.

Programa de Aquisição de Alimentos – com o programa, o Estado compra diretamente a produção de 92.642 pequenos agricultores brasileiros, dando segurança à agricultura familiar. O programa não existia no Governo FHC.

Eletrificação Rural – Programa Luz no Campo, de FHC e Serra, realizou 290,7 mil ligações de energia elétrica no campo brasileiro. Já o Luz Para Todos, de Lula e Dilma, já acumula 2,5 milhões de ligações.

Reforma agrária – no Governo Lula, foram incorporados 46,7 milhões de hectares no Programa de Reforma Agrária, beneficiando 574.609 famílias, com a criação de 3.348 assentamentos. Até então, havia pouco mais de 330 mil famílias assentadas.



DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Estrutura social – em 2002, 44,7% da população brasileira era pobre, ou seja, tinha renda per capita mensal de até meio salário mínimo. Em 2009, somente 29,7% da população era considerada pobre. Isso significa que 27,9 milhões de pessoas superaram a pobreza entre 2003 e 2009. E 35,7 milhões de pessoas ascenderam às classes AB e C.

Pela primeira vez na história, a classe média é maioria no país.

Desigualdade de renda – o Índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, caiu de 0,587, em 2002, para 0,539 em 2009. Quanto mais próximo de 1,0, mais desigualdade, quanto mais próximo de zero, menos desigualdade.

Índice de Desenvolvimento Humano – subiu de 0,790 para 0,813 em 2009. Quanto mais próximo de 1,0, melhor a qualidade de vida da população.

Programas de transferência de renda – a soma de todos os programas de transferência de renda do Governo FHC no ano de 2002 é de R$ 2,3 bilhões. O Bolsa Família, em 2010, soma recursos de R$ 14,7 bilhões.

Benefício de Prestação Continuada (BPC) – o BPC, que atende idosos e pessoas com deficiência, chegava a apenas 1,6 milhão de pessoas em 2002, com recursos de R$ 3,4 bilhões. Hoje, o programa possui mais de 3,3 milhões de beneficiários, com recursos de R$ 20,1 bilhões.

Equipamentos sociais – já são quase 7 mil Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), que são a porta de entrada do Sistema Único de Assistência Social, criado pelo Governo Lula. No Governo FHC, não havia CRAS nenhum.

Restaurante popular – não existia nenhum restaurante popular no Governo FHC. Com Lula e Dilma, 89 já estão em funcionamento.

Liderança mundial no combate à fome – o Brasil ficou no topo do ranking dos países em desenvolvimento na luta contra a fome, elaborado pela ONG Action Aid, pelo 2º ano consecutivo.



SAÚDE

Desnutrição infantil – caiu 61%, passando de 12,5% em 2003, para 4,8% em 2008.

Taxa de mortalidade infantil – caiu de 24,3 mortes por mil nascidos vivos em 2002, para 19,3 por mil em 2007.

Saúde da Família – em 2002, 4.163 municípios eram atendidos por 16.734 equipes. Já em 2010, 5.275 municípios são atendidos por 31.500 equipes.

Agentes comunitários de saúde – eram 175.463 agentes em 5.076 municípios em 2002. Hoje, são 243.022 agentes em 5.364 municípios.

Equipes de saúde bucal – eram 4.261 em 2002. Hoje, são 20.103 equipes de saúde bucal, que cobrem quase metade da população brasileira.

Serviços de reabilitação – os recursos do Ministério da Saúde destinados ao atendimento de pessoas com deficiência saltou de R$ 129,6 milhões em 2002, para R$ 538,4 milhões em 2009.

SAMU 192 – Hoje, 1.437 municípios são atendidos pelo SAMU, que não existia antes do Governo Lula. São 1.956 ambulâncias que correm o Brasil atendendo casos de urgência.

Assistência farmacêutica – os recursos do Ministério da Saúde destinados para a distribuição de medicamentos no SUS passou de R$ 660,16 milhões em 2002 para R$ 2,36 bilhões em 2010.



EDUCAÇÃO

Analfabetismo – a taxa de analfabetismo no Brasil caiu de 11,9% da população, em 2002, para 9,6% em 2009.

Ensino Técnico – o número de escolas técnicas cresceu 2 vezes e meia com o Governo Lula. Até o final de 2010, estarão funcionando 214 novas escolas. Serra e FHC só fizeram 11 escolas.

Prouni – com o Prouni, 748,7 mil jovens de baixa renda receberam bolsas de estudos para entrar no ensino superior. Com FHC e Serra, o Prouni não existia.

Universidades Federais – Lula e Dilma criaram 15 novas universidades e, até o final de 2010, terão inaugurado 124 novos campi, a maioria pelo interior do país. Serra e FHC só criaram 1 universidade, em função da criação do Estado de Tocantins.

Matrículas no ensino superior – o número de matrículas no ensino superior cresceu 63% entre 2003 e 2009, passando de 3,94 milhões para 6,44 milhões.

Educação especial – o número de salas de aula com recursos multifuncionais para atender alunos com deficiência passou de 250 em 2005 para 10.000 em 2009.

Orçamento do MEC – o orçamento total do MEC no Governo FHC (1995-2002) foi de R$ 214,8 bilhões. Já no Governo Lula (2002-2010), os recursos destinados ao Ministério somam R$ 317,2 bilhões.

Alunos inscritos no ENEM – no Governo FHC, 4,35 milhões de estudantes prestaram a prova do ENEM. Com o Governo Lula, a prova passou a ser utilizada como porta de entrada do Prouni e das Universidades Federais. Com isso, o número de estudantes que fizeram a prova foi para 21,93 milhões (2003-2009).

Alimentação escolar – o número de estudantes que recebem alimentação na escola saltou de 36,9 milhões, em 2002, para 47,0 milhões em 2009.



SEGURANÇA PÚBLICA

Investimentos federais – os recursos destinados para a Segurança Pública pelo Governo Federal eram de R$ 906,9 milhões em 2002, último ano do Governo FHC. Em 2010, último ano do Governo Lula, serão mais de R$ 3,3 bilhões.



POLÍTICA URBANA

Investimentos em Habitação – os recursos aplicados em habitação eram R$ 7,0 bilhões em 2002. Em 2009, foram R$ 63,3 bilhões.

Minha Casa, Minha Vida – o Governo Lula criou o Minha Casa, Minha Vida, que vai construir 1 milhão de moradias – a maior parte destinada para a população mais pobre.

No Governo FHC, nenhum grande programa de habitação popular.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fato Lamentável

No dia 25 de Outubro de 2010 ocorreu um fato lamentável em minha sala de aula, antes de relatar este fato gostaria de expressar aqui minha paixão e respeito pela nobre profissão que é ser professor, educador e para sintetizar esta minha admiração gostaria de citar uma frase do mestre Paulo Freire que é a seguinte: “Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância se não supero permanentemente a minha".
Partindo desta frase inicio minha reflexão sobre este fato lamentável que ocorreu no Centro Universitário Barão de Mauá onde curso a faculdade de comunicação social, estava assistindo mais uma aula sobre história da cultura fotográfica quando em certo momento questionei o professor sobre sua didática em sala de aula e sobre um comentário feito por ele mesmo em uma de suas aulas de fotografia quando exibida a foto do cantor jamaicano Bob Marley e o mesmo se referiu a este artista apenas como o camarada que tinha 32 piolhos em sua vasta cabeleira, questionei até que ponto este tipo de comentário seria algo relevante para minha formação, e para minha surpresa ele afirmou que era importante sim para cultura geral do formando.
Diante de tal afirmação expressei que este tipo de comentário não agregaria nada em meu currículo e que se fosse pelo menos explanado sobre o significado da música do artista, o simbolismo que o mesmo carrega em suas canções, isso sim seria relevante, este meu questionamento gerou um mal estar que acarretou com o professor ordenando a minha saída da sala de aula depois de discutirmos, ordem esta que me neguei e logo em seguida o mesmo me ameaçou que se não me retirasse chamaria a segurança da faculdade para me retirar, que queria inclusive ver se eu não ia sair com a segurança, não cedi as suas pressões e permaneci em sala e para minha surpresa o mesmo saiu da sala sem dizer nada aos presentes e voltou com dois seguranças para pressionar minha saída , não me movi um centímetro de minha cadeira mesmo com um dos seguranças logo atrás de minha carteira em uma tentativa frustrada de me intimidar, fiquei em sala para garantir meu direito de questionar e aprender coletivamente, se saísse naquele momento para mim representaria a negação do que mais primo que é a liberdade de nos expressarmos livremente sem ser coagidos por aqueles que acreditam ter o poder de afirmar seus valores por outros meios que não o debate saudável e a troca de opiniões, não me alegro em nenhum momento em escrever sobre este fato corrido comigo, mas sinto que tenho o compromisso histórico com aqueles que deram sua vida em nome de uma sociedade livre e democrática e denunciar qualquer forma de opressão que venha a ocorrer comigo ou com qualquer outro que tenha seu direito atingido, este é o grande desafio de nossa geração, é o mínimo que podemos fazer para que os avanços democráticos se consolidem cada vez mais em nossa sociedade, o silêncio premia os opressores, encerro aqui minhas palavras com a frase abaixo.


“É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem, que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros.

Bob Marley

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Drummond revisitado! (por José Serra)

Recebi de uma amigo por email e elo momento achei muito oportuno postar, criativo.

Na minha careca

Na minha careca bateu uma bolinha de papel
Bateu uma bolinha de papel na minha caareca
bateu uma bolinha de papel
Na minha careca bateu uma bolinha de papel.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minha careca tão lisinha.
Nunca me esquecerei que na minha careca
bateu uma bolinha de papel
bateu uma bolinha de papel na minha careca
na minha careca bateu uma bolinha de papel

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Central Antiboatos

Para combater boatos, campanha de Dilma lança central telefônica
Central telefônica antiboatos da Dilma está em ação

A central telefônica antiboatos da Dilma já está em ação. Agora, além de usar o e-mail espalheaverdade@dilmanarede.com.br, que já recebeu mais de 7000 denúncias, os cidadãos e cidadãs brasileiros poderão também fazer seus relatos via telefone. A lista de números disponíveis contempla todas as regiões do país, e o custo da ligação é local ou interurbano.

No atendimento, basta o usuário informar o assunto do boato ouvido e o seu conteúdo. Os relatos serão enviados para a central antiboatos e servirão como base para investigação e envio das respostas.

Confira abaixo a lista de cidades com os respectivos prefixos e telefones.

ANÁPOLIS (62) 40510808 (62) 40510808
APUCARANA (43) 40630808 (43) 40630808
ARAPONGAS (43) 30550808 (43) 30550808
BELO HORIZONTE (31) 40620808 (31) 40620808
BENTO GONÇALVES (54) 30550808 (54) 30550808
BLUMENAU (47) 40520808 (47) 40520808
BRASÍLIA (61) 40620808 (61) 40620808
BRUSQUE (47) 40530808 (47) 40530808
CAMPINA GRANDE (83) 40640808 (83) 40640808
CAMPINAS (19) 40620808 (19) 40620808
CAMPO GRANDE (67) 40620808 (67) 40620808
CAMPO MOURÃO (44) 30160808 (44) 30160808
CASCAVEL (45) 40620808 (45) 40620808
CAXIAS DO SUL (54) 40620808 (54) 40620808
CIANORTE (44) 30180808 (44) 30180808
CRICIÚMA (48) 40530808 (48) 40530808
CUIABÁ (65) 40620808 (65) 40620808
CURITIBA (41) 40620808 (41) 40620808
ERECHIM (54) 40640808 (54) 40640808
FARROUPILHA (54) 30560808 (54) 30560808
FLORIANÓPOLIS (48) 40620808 (48) 40620808
FORTALEZA (85) 40620808 (85) 40620808
FOZ DO IGUACU (45) 40520808 (45) 40520808
FRANCISCO BELTRÃO (46) 40540808 (46) 40540808
GOIÂNIA (62) 40520808 (62) 40520808
GUARAPUAVA (42) 40520808 (42) 40520808
ITAJAÍ (47) 40540808 (47) 40540808
JARAGUÁ DO SUL (47) 30540808 (47) 30540808
JOÃO PESSOA (83) 40620808 (83) 40620808
JOINVILLE (47) 40620808 (47) 40620808
JUNDIAÍ (11) 48360808 (11) 48360808
LONDRINA (43) 40620808 (43) 40620808
MARIALVA (44) 30150808 (44) 30150808
MARINGÁ (44) 40620808 (44) 40620808
MONTENEGRO (51) 30570808 (51) 30570808
PALMAS (63) 40520808 (63) 40520808
PARANAGUÁ (41) 40640808 (41) 40640808
PARANAVAÍ (44) 40630808 (44) 40630808
PASSO FUNDO (54) 40520808 (54) 40520808
PATO BRANCO (46) 40550808 (46) 40550808
PELOTAS (53) 40620808 (53) 40620808
PONTA GROSSA (42) 40620808 (42) 40620808
PORTO ALEGRE (51) 40620808 (51) 40620808
PORTO VELHO (69) 40620808 (69) 40620808
RECIFE (81) 40620808 (81) 40620808
RIO BRANCO (68) 40620808 (68) 40620808
RIO DE JANEIRO (21) 40620808 (21) 40620808
RIO GRANDE (53) 40520808 (53) 40520808
ROLÂNDIA (43) 30150808 (43) 30150808
SALVADOR (71)40620808 (71)40620808
SANTA CRUZ DO SUL (51) 30560808 (51) 30560808
SANTA MARIA (55)40620808 (55)40620808
SANTOS (13) 40620808 (13) 40620808
SÃO PAULO (11) 40620808 (11) 40620808
SOROCABA (15) 40620808 (15) 40620808
TOLEDO (45)30550808 (45)30550808
TUBARÃO (48)30520808 (48)30520808
UMUARAMA (44) 30550808 (44) 30550808
VITÓRIA (27) 40620808 (27) 40620808

Fonte: http://www.viomundo.com.br/

Marilena Chaui 1: Serra é ameaça à democracia e aos direitos sociais


Professora da Universidade de São Paulo (USP), a filósofa Marilena Chaui fala sobre os avanços do governo Lula e a ameaça dos direitos sociais. A entrevista foi gravada no dia 13 de outubro de 2010.

domingo, 17 de outubro de 2010

Monstro da privatização quer retornar...




Gilberto Gil é Dilma

Parte do depoimento feito por Gilberto Gil dando apoio no segundo turno a Dilma para Presidente.

Serra FHC boy

Ciro fala e justifica os motivos dele não querer que Serra e FHC voltem ao poder no Executivo Federal


Nota UNE

Segue abaixo nota da União Nacional dos Estudantes sobre este momento eleitoral decisivo que passamos, onde a escolha entre o retrocesso neoliberal e os avanços democráticos atingidos até agora com o governo Lula precisam ficar claros na cabeça dos eleitores, por isso a juventude estudantil organizada se coloca a favor deste avanços como podemos ver na nota abaixo.

Derrotar o retrocesso neoliberal: Dilma Presidente

A União Nacional dos Estudantes tem historicamente se pautado na defesa dos interesses dos estudantes brasileiros, da Educação Pública e da soberania nacional. O faz compreendendo que a autonomia política é fundamental na luta pela construção de um país justo e soberano. Contudo, nos momentos de acirramento da luta política do Brasil, não nos furtamos de tomar posição e somarmos força ao campo mais progressista das forças políticas no país.

Foi assim na experiência da luta contra o nazi-facismo na década de 40, na campanha do “Petróleo é nosso” que culminou com a criação da segunda maior petrolífera do mundo, a Petrobras, na campanha das “Reformas de Base” na década de 60, na resistência contra a ditadura e na redemocratização do Brasil, no “Fora Collor” e na passeata de 16 de agosto de 2005 que segurou nas ruas a tentativa de golpe.

Esse ano não é diferente. Depois de um primeiro turno em que o debate não se aprofundou de forma necessária nos projetos de Nação em disputa, nesse segundo turno temos a chance de fazê-lo e interferir ainda mais no debate. Com o cenário de polarização e o assanhamento das forças políticas mais conservadoras do país, aliadas à grande mídia, faz-se necessário o nosso posicionamento.

Durante os anos de governo FHC, com Serra no Planejamento, a lógica do desmonte do Estado e as privatizações imperavam. O desafio vivido cotidianamente pela universidade pública era o de como não desmoronar. Inúmeras IFES não conseguiam custear sequer sua manutenção. A proliferação de faculdades privadas sem qualquer regulamentação que garantisse qualidade e compromisso social por parte destas foi outra marca daquele período. O atual secretário estadual de Educação de São Paulo, Paulo Renato, era o ministro da Educação do Brasil neste período em que a educação era vista pelo governo federal mais como mercadoria, de um lucrativo negócio, do que como um direito social estratégico para o desenvolvimento nacional. Essa lógica persiste com Serra no governo de São Paulo.

É esse projeto que devemos derrotar. O compromisso dos estudantes brasileiros é com o aprofundamento da Democracia no nosso país e na defesa do protagonismo do Estado brasileiro, pois somente a partir destes é possível que o povo brasileiro interfira nos rumos das políticas públicas no nosso país. Ainda, reafirmamos o nosso compromisso com o investimento de 10% do PIB na educação, impedindo que o retorno de mecanismos de contingenciamento de verbas sejam novamente utilizados como a Desvinculação das Receitas da União (DRU). Nossa disposição é fazer com que o próximo período sirva para a construção de importantes Reformas Estruturantes no Brasil, que pavimente um profundo ciclo de desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental, mas que também propicie o desenvolvimento humano da sociedade brasileira.

Assim, no ambiente de polarização que se configura na atual quadra política, é fundamental que essa geração tome posição e derrote o setor conservador representado na candidatura de Jose Serra. A Diretoria Plena da União Nacional dos Estudantes, reunida na sede do Sindicato dos Professores de São Paulo - APEOESP - e na presença de lideranças estudantis de todo o país, decide indicar o voto em Dilma Rousseff no segundo turno das eleições para a Presidência da República Federativa do Brasil.

União Nacional dos Estudantes (UNE)
10 de outubro de 2010


“Monica Serra já fez um aborto e sou solidária à sua dor”, afirma ex-aluna da mulher de presidenciável


13/10/2010 12:39, Por Redação, do Rio de Janeiro e São Paulo


Sylvia Monica Serra foi professora de dança na Unicamp
O desempenho do presidenciável tucano, José Serra, no debate do último domingo pela TV Bandeirantes, foi a gota d’água para uma eleitora brasileira. O silêncio do candidato diante da reclamação formulada pela adversária, Dilma Rousseff (PT) – de que fora acusada pela mulher dele, a ex-bailarina e psicoterapeuta Sylvia Monica Allende Serra, de “matar criancinhas” –, causou indignação em Sheila Canevacci Ribeiro, a ponto de levá-la até sua página em uma rede social, onde escreveu um desabafo que tende a abalar o argumento do postulante ao Palácio do Planalto acerca do tema que divide o país, no segundo turno das eleições. A coreógrafa Sheila Ribeiro relata, em um depoimento emocionado, que a ex-professora do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Monica Serra relatou às alunas da turma de 1992, em sala de aula, que foi levada a fazer um aborto “no quarto mês de gravidez”.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Brasil, na noite desta segunda-feira, Sheila deixa claro que não era partidária de Dilma ou de Serra no primeiro turno: “Votei no Plínio (de Arruda Sampaio)”, declara. Da mesma forma, esclarece ser apenas uma eleitora, com cidadania brasileira e canadense, que repudiou o ambiente de hipocrisia conduzido pelo candidato da aliança de direita, ao criminalizar um procedimento cirúrgico a que milhões de brasileiras são levadas a realizar em algum momento da vida. Sheila, durante a entrevista, lembra que no Canadá este é um serviço prestado em clínicas e hospitais do Estado, como forma de evitar a morte das mulheres que precisam recorrer à medida “drástica e contundente”, como fez questão de frisar.

No texto, intitulado “Respeitemos a dor de Mônica Serra”, Sheila Ribeiro repete a pergunta de Dilma, que ficou sem resposta:

– Se uma mulher chega em um hospital doente, por ter feito um aborto clandestino, o Estado vai cuidar de sua saúde ou vai mandar prendê-la?

Leia o texto, na íntegra:

“Respeitemos a dor de Mônica Serra

“Meu nome é Sheila Ribeiro e trabalho como artista no Brasil. Sou bailarina e ex-estudante da Unicamp onde fui aluna de Mônica Serra.

“Aqui venho deixar a minha indignação no posicionamento escorregadio de José Serra, que no debate de ontem (domingo), fazia perguntas com o intuito de fazer sua campanha na réplica, não dialogando em nenhum momento com a candidata Dilma Roussef.

“Achei impressionante que o candidato Serra evita tocar no assunto da descriminalização do aborto, evitando assim falar de saúde pública e de respeitar tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Mônica Serra já fez um aborto e sou solidária à sua dor.

“Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o aborto, sobre o seu aborto traumático. Mônica Serra fez um aborto. Na época da ditadura, grávida de quatro meses, Mônica Serra decidiu abortar, pois que seu marido estava exilado e todos vivíamos uma situação instável. Aqui está a prova de que o aborto é uma situação terrível, triste, para a mulher e para o casal, e por isso não deve ser crime, pois tantas são as situações complexas que levam uma mulher a passar por essa situação difícil. Ninguém gosta de fazer um aborto, assim como o casal Serra imagino não ter gostado. A educação sobre a contracepção deve ser máxima para que evitemos essa dor para a mulher e para o Estado.

“Assim, repito a pergunta corajosa de minha presidente, Dilma Roussef, que enfrenta a saúde pública cara a cara com ela: se uma mulher chega em um hospital doente, por ter feito um aborto clandestino, o Estado vai cuidar de sua saúde ou vai mandar prendê-la?

“Nesse sentido, devemos prender Mônica Serra caso seu marido seja eleito presidente?

“Pelo Brasil solidário e transparente que quero, sem ameaças, sem desmerecimento da fala do outro, com diálogo e pelo respeito à dor calada de Mônica Serra,

“VOTO DILMA”, registra, em letras maiúsculas, no texto publicado em sua página no Facebook, nesta segunda-feira, às 10h24.

Reflexão

Diante da imediata repercussão de suas palavras, Sheila acrescentou em sua página um comentário no qual afirma ser favorável “à privacidade das pessoas”.

“Inclusive da minha. Quando uma pessoa é um personagem público, ela representa muitas coisas. Escrevi uma reflexão, depois de assistir a um debate televisivo onde a figura simbólica de Mõnica Serra surgiu. Ali uma incongruência: a pessoa que lutou na ditadura e que foi vítima de repressão como mulher (com evento trágico naquele caso, pois que nem sempre o aborto é trágico quando é legalizado e normalizado) versus a mulher que luta contra a descriminalização do aborto com as frases clássicas do “estão matando as criancinhas”. Quem a Mônica Serra estaria escolhendo ser enquanto pessoa simbólica? Se é que tem escolha – foi minha pergunta.

“Muitas pessoas públicas servem-se de suas histórias como bandeiras pelos direitos humanos ou, ainda, ficam quietas quando não querem usá-las. Por isso escrevi ‘respeitemos a dor’. Para mim é: respeitemos que muita gente já lutou pra que o voto existisse e que para que cada um pudesse votar, inclusive nulo; muita monica-serra-pessoa já sofreu no Brasil e em outros países na repressão para que outras mulheres pudessem escolher o que fazer com seus corpos e muitas monicas-serras simbólicas já impediram que o aborto fosse descriminalizado.

“Muitas pessoas já foram lapidadas em praça pública por adultério e muitas outras lutaram pra que a sexualidade de cada um seja algo de direito. A minha questão é: uma pessoa que é lapidada em praça pública não faz campanha pela lapidação, então respeitemos sua dor, algo está errado. Se uma pessoa pública conta em público que foi lapidada, que foi vítima, que foi torturada, que sofreu, por motivos de repressão, esse assunto deve ser respeitadíssimo.

“Vinte por cento da população fazem abortos e esses 20% tem o direito absoluto de ter sua privacidade, no entanto quando decidem mostrar-se publicamente não entendo que estes assimilem-se ao repressor”, acrescentou a ex-aluna de Monica Serra, que teria relatado a experiência, traumática, às alunas da turma de 1992.

Exílio e ditadura

Sheila diz ainda, em seu depoimento, que “muitas pessoas querem ‘explicações” para o fato de ela declarar, publicamente, o que a ex-professora disse às suas alunas na Unicamp.

“Eu sou apenas uma pessoa, uma mulher, uma cidadã que viu um debate e que se assustou, se indignou e colocou seu ponto de vista na internet. Ao ver Dilma dizendo que Mônica falou algo sobre ‘matar criancinhas’, duvidei.

“Duvidei porque fui sua aluna e compartilhei do que ela contou, publicamente (que havia feito um aborto), em sala de aula. Eu me disse que uma pessoa que divide sua dor sobre o aborto, sobre o exílio e sobre a ditadura, não diria nunca uma atrocidade dessas, mesmo sendo da oposição. Essa afirmação de ‘criancinhas assassinadas’ é do nível do ‘comunista come criancinha’. A Mônica Serra é mais classe do que isso (e, aliás, gosto muito dela, apesar do Serra não ser meu candidato).

“Por isso, deixei claro o meu posicionamento que o aborto não pode ser considerado um crime – como não é na Itália, na França e em outros países. Nesse sentido não quero ser usada como uma ‘denunciadora de um ‘delito’. Ao contrário, estou relembrando na internet, aos meus amigos de FB (Facebook), que o aborto é uma questão complexa que envolve a todos e que, como nos países decentes, não pode ser considerado um crime – mas deve ser enfrentado como assunto de saúde.

“O Brasil tem muitos assuntos a serem tratados, vamos tratá-los com o carinho e com a delicadeza que merece.

“Agora volto ao meu trabalho”, conclui Sheila o seu relato na página da rede social.

Sem resposta

Diante da afirmativa da ex-aluna de Sylvia Monica Serra, o Correio do Brasil procurou pelo candidato, no Twitter, às 23h57:

“@joseserra_ Sr. candidato Serra. Recebemos a informação de que Dnª Monica Serra teria feito um aborto. O sr. tem como repercutir isso?”

Da mesma forma, foi encaminhado um e-mail à assessoria de imprensa e, posteriormente, um contato telefônico com o comitê de Serra, em São Paulo. Até o fechamento desta matéria, às 1239h desta quarta-feira, porém, não houve qualquer resposta à pergunta. O candidato, a exemplo do debate com a candidata petista, novamente optou pelo silêncio.

Fonte:http://correiodobrasil.com.br/monica-serra-ja-fez-um-aborto-e-sou-solidaria-a-sua-dor-afirma-ex-aluna-da-mulher-de-presidenciavel/185824/

sábado, 16 de outubro de 2010

FELCO – Festival Latinoamericano da Classe Obreira (cine vídeo)




Mostra de documentários independente que visa democratizar o acesso público e gratuito ao audiovisual produzido na América Latina, especialmente no contexto da realidade e cultura da classe trabalhadora e das lutas populares realizadas por movimentos sociais em curso por todo o continente.







Programação e Sinopses:

16 OuT ~ Sábado, 19h

> O PREÇO DA LUZ É UM ROUBO (9min) – Brasil, 2008

DIR: Brigada Audiovisual da Via Campesina

Vídeo produzido pela Assembleia Popular-Mutirão por um Novo Brasil-, para a campanha que luta por um novo modelo energético para o país.

> LA PALAVRA DEL ÁGUA (35min) – México, 2008

DIR: Victor H. Gusman, Ulisses C. Pacheco e Sergio G. Zamora

O filme documenta a atuação da Rádio Nomndaa construída no contexto de resistência popular de uma comunidade mexicana em vias de conquistar sua autonomia.

> 1968 (22min) – Brasil, 1968

DIR: Glauber Rocha e Afonso Beato

A Passeata dos 100 Mil foi um dos eventos mais importantes da luta contra a ditadura militar. A partir de 1967, as passeatas estudantis foram a forma mais significativa de oposição por parte da sociedade ao regime militar, agregando cada vez mais manifestantes por evento e refletindo a crescente insatisfação com a ditadura.

> CINEMA DE QUEBRADA (47min) – Brasil, 2008

DIR: Rose Satiko

Jovens moradores da periferia de São Paulo apresentam o cinema como meio de expressão e de reflexão. Nas quebradas, fazem e exibem vídeos, questionando as representações midiáticas da periferia e construindo novas imagens a partir de suas experiências.

[°°]<> NEM UM MINUTO DE SILÊNCIO (23min) – Brasil, 2008

DIR: Brigada Audiovisual da Via Campesina

O filme analisa os acontecimentos que levaram ao assassinato do camponês Valmir M. Keno, em outubro de 2007 no interior do Paraná, por uma milícia armada contratada pela transnacional Syngenta Seeds. Keno e mais 20 agricultores foram assassinados no PR nos últimos 10 anos lutando pela terra e por uma vida digna aos camponeses.

> GORUTUBAS – UM OLHAR SOBRE QUILOMBOS NO BRASIL (22min) – Brasil, 2006

DIR: Júnia Torres e Cida Reis

O povo gorutubano é remanescente de quilombo e vive no Vale do Rio Gorutuba, norte de Minas Gerais, desde o séc. XVIII. O filme trata do processo de expropriação iniciado nos anos 40 e intensificado a partir da década de 70.

> MULHERES DA VIA (25min) – Brasil, 2007

DIR: Lívia Bacelete

Mais de 600 mulheres participam de ação em protesto contra as transnacionais e o sistema financeiro, que juntos, buscam o controle dos recursos naturais do país, como os minérios e as terras. As mulheres tomam a entrada da mina Capão Xavier, da empresa Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), do complexo de usinas da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na região metropolitana de Belo Horizonte, MG.

!! ENTRADA FRANCA !!

colaborações espontâneas e rifas espertonas

UGT

MEMORIAL DA CLASSE OPERÁRIA

Rua José Bonifácio, 59 - centro

Ribeirão Preto

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

SUCESSO !!!

Chegando mais um final de semana e com ele ficamos mais leves e descontraidos sem a pressão do trabalho e para contribuir com este clima vejam abaixo uma pequena reflexão sobre o sucesso e tenham um final de semana de muito sucesso...claro...
O QUE É SUCESSO?







Aos 02 anos sucesso é: conseguir andar.






Aos 04 anos . sucesso é: não fazer xixi nas calças.















Aos 12 anos . sucesso é: ter amigos.













Aos 18 anos . sucesso é: ter carteira de motorista.





Aos 20 anos . sucesso é: fazer sexo. ......... ......







Aos 35 anos . sucesso é: dinheiro.




Aos 50 anos . sucesso é: dinheiro.



Aos 60 anos . sucesso é: fazer sexo.


Aos 70 anos . sucesso é: ter carteira de motorista.


Aos 75 anos . sucesso é: ter amigos.


Aos 80 anos . sucesso é: não fazer xixi nas calças.


Aos 90 anos . sucesso é: conseguir andar.


Sucesso para você!!!...
ASSIM É A VIDA.... ..NAO LEVAMOS NADA DESSA VIDA, PARA QUE PERDER TEMPO COM MALDADE, COM FALTA DE AMOR ...TODOS TEREMOS O MESMO DESTINO INDEPENDENTE DA CONDIÇÃO FINANCEIRA, DA CLASSE SOCIAL PORTANTO, AME, BRINQUE ,PERDOE E APROVEITE .

MANIFESTO DE ARTISTAS E INTELECTUAIS PRO DILMA

Chico Buarque, artistas e intelectuais organizam manifesto e ato pró-Dilma
Um grupo de artistas e intelectuais liderados por Leonardo Boff, Chico Buarque, Emir Sader, Eric Nepumuceno está articulando adesões ao manifesto abaixo de apoio político a eleição de Dilma Roussef. Se você puder aderir agradeceríamos muito: mande sua adesão para emirsader@uol.com.br ; ericnepomuceno@uol.com.br
E, se você puder, divulgue aos seus amigos do Rio para participarem do ATO POLITICO de entrega do manifesto à candidata, no Teatro CASA GRANDE, dia 18 de outubro, às 20 hs. (Rua Afranio de Mello Franco, 290- Leblon- Rio de janeiro)


MANIFESTO DE ARTISTAS E INTELECTUAIS PRO DILMA
Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff. Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimen to econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.
Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desiguladade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.
Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.
Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.
Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.
Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana.


Leonardo Boff
Chico Buarque
Fernando Morais
Emir Sader
Eric Nepumuceno

Bispo de Caçador

Desde que fiquei sabendo das candidaturas à Presidência da República, tive uma só atitude: não quero subestimar nenhum dos(as) candidatos(as), pois não sou melhor do que ninguém, e muito menos dono da verdade.
Pensava: aquele(a) que ganhar fará o melhor pelo nosso Brasil, pois irá se assessorar de pessoas competentes e honestas, e basta.
Passados alguns dias, iniciaram as propagandas eleitorais Subitamente, a minha caixa de correio foi tomada por uma "avalanche" de e-mails contra uma candidata apenas, a Dilma Roussef. Preciso dizer com todas as palavras, que fiquei indignado.
É importante dizer que logo que saiu a lista dos candidatos eu fiz a minha escolha.
Mas o fato de ver diariamente o "tsunami" de "denúncias" contra esta candidata, na minha caixa de correio, revelando total falta de respeito para comigo e também para com a candidata, levou-me a refletir e a pesquisar. Perguntava-me: por que somente contra ela? Devo ser honesto e afirmar que não recebi nenhuma "matéria" contra qualquer outro(a) candidato(a).
A reflexão levou-me até Jesus Cristo, que um dia disse: "Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra" (Jo 8,7).
Por que estão jogando pedras só na Dilma? Em 1Jo 1,10 está escrito: "Quem diz não ter pecados, faz a Deus de mentiroso". Conclusão: Os que jogam pedras não têm pecados. Eis o grande problema. Estão tomando o lugar de Deus. Mas Ele mesmo, não tendo pecado, não jogou pedras na pecadora. Isto é muito sério. Na verdade quem joga pedras está negando Deus. E o saudoso Beato, Papa João XXIII, que nos chamou a todos, através do Concílio Vaticano II, a sermos uma Igreja misericordiosa e aberta aos novos valores, deixando o ranço de lado, pelo sopro Vivificante do Espírito Santo, disse: "A pessoa que deixa Deus de lado, se torna perigosa para si e para as outras pessoas".
E agora? A conversão é graça de Deus para pessoas abertas a Sua Misericórdia. "Os misericordiosos, alcançarão misericórdia" (Mt 5, 7) Mas as pessoas auto-suficientes, donas da verdade, prepotentes, por isso sempre prontas a jogar pedras nos outros, estão muito longe de " Deus, que é Amor" (1Jo 4,8).
Assim, concluí: Todos somos pecadores, mas uma só pessoa está levando pedradas nesta campanha eleitoral à presidência do Brasil. Aí, eu que já havia escolhido o meu candidato, fiz uma nova escolha. Decidi, diante de Deus, que esta mulher apedrejada é a minha candidata para presidir o Brasil. Tem também um velho ditado popular que diz: "Só se atira pedras em árvores que dão frutos bons". E pesquisando descobri que esta candidata, enquanto ministra, produziu muito e bons frutos.
Procurei me aprofundar mais no conhecimento da minha candidata. Descobri que é uma mulher honrada e séria. Arriscou sua vida, durante a ditadura militar, da tirania do poder que oprime, tortura e mata. Sim, a Dilma foi presa e torturada por querer um Brasil democrático, fraterno, solidário, com vida e dignidade para todas as pessoas e não somente para algumas.
Então pensei: é exatamente isto que o Pai do Céu quis e continua querendo para todas as pessoas. Esta questão somou vários pontos para a candidata.
Nosso saudoso e amado Dom Helder Câmara dizia: "Quando reparto o meu pão com os pobres, me chamam de santo, mas quando pergunto pelas causas da pobreza, me chamam de comunista".
Até hoje, as pessoas verdadeiramente comprometidas com um pais mais justo e igualitário, e para isso precisa de projetos sérios de transformação, continuam sendo taxadas assim. Algumas pessoas, por incrível que pareça, em pleno século XXI, ainda conseguem meter medo numa certa camada da população com este jargão.
Analisei também o desempenho da candidata quando era funcionária no governo estadual e federal. Os frutos bons são abundantes, especialmente para os menos favorecidos. Sim, saiu-se muito bem. Mais um ponto para ela.
Percebi também que, levando pedradas, não retribuía, e isto está de acordo com o Evangelho. Mais um ponto para a Dilma.
Comecei a analisar as suas palavras, idéias e projetos. Uma mulher inteligente, sábia, abnegada, perspicaz e atualizada. Outro ponto para esta mulher.
Também fui apurar as "denúncias" que enchiam a minha caixa de correio. Descobri montagens falsas, mentiras e calúnias. Aí novamente lembrei-me de Jesus que disse: "O diabo é mentiroso e pai da mentira" (Jo 8,44).
Não tive mais dúvidas, é na Dilma que irei votar, independentemente de partido político.
Ninguém pode galgar degraus pisando nos outros. Isto não é nem humano, muito menos cristão.
Quem deseja servir o povo, precisa jogar limpo. Pessoa religiosa não é a que fica dizendo Senhor, Senhor... mas aquela que faz a vontade de Deus. E a vontade de Deus é "que todos tenham vida e a tenham plenamente" (Jo 10,10).
A vontade de Deus é que todas as pessoas vivam como irmãos e irmãs, no respeito à vida de todos os seres. Descobri que a candidata Dilma tem este desejo profundo. Aliás, é o seu grande sonho que, juntamente com todo o povo, quer tornar realidade.
No domingo à noite, dia 10 de outubro, assisti ao debate promovido pela BAND. Um dos dons que Deus me concedeu foi o de conhecer as pessoas pelos seus olhos. Não costumo revelar o que vejo e sinto para todas as pessoas
Durante o debate meus ouvidos estavam atentos às palavras dos candidatos, mas meus olhos foram atraídos para a expressão da sua face e a delicadeza do seu olhar.
Percebi duas atitudes muito interessantes: 1)Sua face estava sempre serena e seu leve sorriso não era forçado e nem transmitia falsidade. 2)Seus olhos, que são espelhos de sua alma, transmitiam segurança, confiança, ternura e sinceridade. Estas qualidades agregaram mais alguns pontos a Dilma.
Como nós precisamos destas atitudes que na verdade são qualidades e dons de Deus! Dilma você passou pelo gelo da dor, tantas vezes, e por isso chegou ao incêndio do verdadeiro amor que vem do alto.
Nosso saudoso e amado Dom Luciano Mendes de Almeida dizia: "a bondade rompe todas as barreiras". Avante minha irmã. Deus está com você. Cuide-se! Continue sendo bondosa e a confiar nas suas assessorias. Mas mantenha, discretamente, o controle de tudo para evitar desgostos e desgastes maiores e desnecessários, pois somos todos passíveis de erros. Mantenha-se sempre alerta e busque momentos de descanso na oração silenciosa para que Deus, que é Pai e tem a ternura da Mãe, lhe fale ao coração, plenificando-o de alegria e coragem. Dom Angélico, meu grande amigo e irmão, sempre diz: "Quem não reza vira monstro".
Dilma, desculpe eu falar abertamente que não iria votar em você. Busco ser sincero como você. Mas tenha certeza de que continuarei a pedir a Deus que a ilumine e abençoe, chegando ou não à Presidência. Não estou falando em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mas como cidadão e como Bispo da Igreja Católica, santa e pecadora, que deseja o melhor para o Povo de Deus.
Pessoalmente creio que é esta a hora de uma mulher experiente, honesta e competente, como você, chegar lá e continuar a fazer deste país, uma nação que defenda e proteja a vida de todos(as), desde a concepção até a morte natural.
Sim, neste segundo tempo a bola vai rolar elegantemente pelo gramado e balançar a rede!


Caçador, 12 de outubro de 2010 (solenidade de N.Sra.Aparecida. Padroeira do Brasil)
Dom Luiz C. Eccel
Bispo Diocesano de Caçador

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

EDUCAÇÃO – O BRASIL NO RUMO CERTO

Manifesto de Reitores das Universidades Federais à Nação Brasileira

Da pré-escola ao pós-doutoramento – ciclo completo educacional e acadêmico de formação das pessoas na busca pelo crescimento pessoal e profissional – consideramos que o Brasil encontrou o rumo nos últimos anos, graças a políticas, aumento orçamentário, ações e programas implementados pelo Governo Lula com a participação decisiva e direta de seus ministros, os quais reconhecemos, destacando o nome do Ministro Fernando Haddad.

Aliás, de forma mais ampla, assistimos a um crescimento muito significativo do País em vários domínios: ocorreu a redução marcante da miséria e da pobreza; promoveu-se a inclusão social de milhões de brasileiros, com a geração de empregos e renda; cresceu a autoestima da população, a confiança e a credibilidade internacional, num claro reconhecimento de que este é um País sério, solidário, de paz e de povo trabalhador. Caminhamos a passos largos para alcançar patamares mais elevados no cenário global, como uma Nação livre e soberana que não se submete aos ditame s e aos interesses de países ou organizações estrangeiras.

Este período do Governo Lula ficará registrado na história como aquele em que mais se investiu em educação pública: foram criadas e consolidadas 14 novas universidades federais; institui-se a Universidade Aberta do Brasil; foram construídos mais de 100 campi universitários pelo interior do País; e ocorreu a criação e a ampliação, sem precedentes históricos, de Escolas Técnicas e Institutos Federais. Através do PROUNI, possibilitou-se o acesso ao ensino superior a mais de 700.000 jovens. Com a implantação do REUNI, estamos recuperando nossas Universidades Federais, de norte a sul e de leste a oeste. No geral, estamos dobrando de tamanho nossas Instituições e criando milhares de novos cursos, com investimentos crescentes em infraestrutura e contratação, por concurso público, de profissionais qualificados. Essas políticas devem continuar para consolidar os programas atuais e, inclusive, serem ampliadas no plano Federal, exigindo-se que os Estados e Municípios também cumpram com as suas responsabilidades sociais e constitucionais, colocando a educação como uma prioridade central de seus governos.

Por tudo isso e na dimensão de nossas responsabilidades enquanto educadores, dirigentes universitários e cidadãos que desejam ver o País continuar avançando sem retrocessos, dirigimo-nos à sociedade brasileira para afirmar, com convicção, que estamos no rumo certo e que devemos continuar lutando e exigindo dos próximos governantes a continuidade das políticas e investimentos na educação em todos os níveis, assim como na ciência, na tecnologia e na inovação, de que o Brasil tanto precisa para se inserir, de uma forma ainda mais decisiva, neste mundo contemporâneo em constantes transformações.

Finalizamos este manifesto prestando o nosso reconhecimento e a nossa gratidão ao Presidente Lula por tudo que fez pelo País, em especial, no que se refere às políticas para educação, ciência e tecnologia. Ele também foi incansável em afirmar, sempre, que recurso aplicado em educação não é gasto, mas sim investimento no futuro do País. Foi exemplo, ainda, ao receber em reunião anual, durante os seus 8 anos de mandato, os Reitores das Universidades Federais para debater políticas e ações para o setor, encaminhando soluções concretas, inclusive, relativas à Autonomia Universitária.

Alan Barbiero – Universidade Federal do Tocantins (UFT)
José Weber Freire Macedo – Univ. Fed. do Vale do São Francisco (UNIVASF)
Aloisio Teixeira – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Josivan Barbosa Menezes – Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)
Amaro Henrique Pessoa Lins – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Malvina Tânia Tuttman – Univ. Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
Ana Dayse Rezende Dórea – Unive rsidade Federal de Alagoas (UFAL)
Maria Beatriz Luce – Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
Antonio César Gonçalves Borges – Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Maria Lúcia Cavalli Neder – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Carlos Alexandre Netto – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Miguel Badenes P. Filho – Centro Fed. de Ed. Tec. (CEFET RJ)
Carlos Eduardo Cantarelli – Univ. Tec. Federal do Paraná (UTFPR)
Miriam da Costa Oliveira – Univ.. Fed. de Ciênc. da Saúde de POA (UFCSPA)
Célia Maria da Silva Oliveira – Univ. Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Natalino Salgado Filho – Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Damião Duque de Farias – Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Paulo Gabriel S. Nacif – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
Felipe Martins Müller – Universidade Federal da Santa Maria (UFSM).
Pedro Angelo A. Abr eu – Univ. Fed. do Vale do Jequetinhonha e Mucuri (UFVJM)
Hélgio Trindade – Univ. Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Ricardo Motta Miranda – Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Hélio Waldman – Universidade Federal do ABC (UFABC)
Roberto de Souza Salles – Universidade Federal Fluminense (UFF)
Henrique Duque Chaves Filho – Univ. Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Romulo Soares Polari – Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Jesualdo Pereira Farias – Universidade Federal do Ceará – UFC
Sueo Numazawa – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
João Carlos Brahm Cousin – Universidade Federal do Rio Grande – (FURG)
Targino de Araújo Filho – Univ. Federal de São Carlos (UFSCar)
José Carlos Tavares Carvalho – Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
Thompson F. Mariz – Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
José Geraldo de Sousa Júnior – Universidade Federal de Brasília (UNB)
Valmar C. de Andrade – Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
José Seixas Lourenço – Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
Virmondes Rodrigues Júnior – Univ. Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Walter Manna Albertoni – Universidade Federal de São Paulo ( UNIFESP)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Rage Against the Machine dedica música ao MST

Rage Against the Machine em sua apresentação em Itu, na noite deste sábado 09/10/2010 no festival SWU, Zack de la Rocha o vocalista da banda, dedicou a música "People of the sun" ao MST.
Ele disse o seguinte: "Esse som vai para os irmãos e irmãs do MST: People of the sun" veja abaixo video e mais abaixo posto a tradução da música que é muito interessante por sinal.




Povo do Sol
Yeah, galera vamo lá.

Yeah,
É melhor nós aumentarmos os graves dessa vez
Saca só
Desde 1516
Mentes são atacada e subjugadas
Agora rastejam no meio das ruínas desse sonho vazio
Com suas fronteiras e pisões sobre nós
Colocando saliências no chão
de suas metrópoles tóxicas
Mas como você vai ter o que você precisa ter?
Os comedores de tripas, sangue derramado fica ofensivo como aquele
O quinto por do sol volta para se aproveitar
O espírito de Cuahtemoc(último imperador Maia) está vivo e intocádo.
Agora a cara de medo agora estourando em seu ditador
Daquele Maya, Mexica
O abutre volta para tentar e lhe roubar o nome mas agora você encontrou arma
É, isso é para o povo do sol!sol

Está voltando na área de novo!
Isso é para o povo do sol!
Está voltando na área de novo! Uh!

É, nunca esqueça
que um sopapo quebre as suas costas
Sua espinha é quebrada por tabaco, oh Eu sou um homem Marlboro,
uh
Nosso passado estoura nos versos
Bandos de táxis rodeando a Broadway como se fossem cavalos
Tropas despindo zoots, tiros em neblina vermelha,
Sangue de marinheiros no convés, vem a resistência das irmãs
Da era do terror veja as lentes fotográficas,
Agora a cidade dos anjos faz a limpeza racial
Uh, cabeças são balançadas pelo medo de seu ditador
Daquele Maya, Mexica
O abutre volta para tentar e lhe roubar o nome Mas agora você encontrou arma
É, isso é para o povo do sol!sol

Está voltando na área de novo!
Isso é para o povo do sol!
Está voltando na área de novo! Yeah!

Espetáculo teatral, oficinas e contação de histórias no mês das crianças


Atividades culturais fazem parte da programação da Cia. “Ainda sem Nome”

A Cia. “Ainda sem Nome” apresenta o novo espetáculo do seu repertório, a peça infanto-juvenil “Wine Merewá”, nos domingos 10 e 17 de outubro às 17h na Casa de Cultura e Arte (Av. Caramuru, 1516).

A peça utiliza o Curupira, um dos seres fantásticos mais conhecidos do imaginário popular, para contar a aventura de Tito, um garoto que cresceu no campo e saiu para uma viagem por lugares da história da região, da cidade e dos mitos e cantigas folclóricas. Através da aventura criada pela Cia. “Ainda sem Nome”, o garoto mostra as mudanças em relação às raízes que formaram o folclore brasileiro e resgata elementos que compõem a cultura popular como lendas, músicas e brincadeiras.

Dirigida por Flávio Racy e com trilha sonora de Roberta Dantônio e Tiago Porto, “Wine Merewá” trás no elenco os atores Michelle Maria, Lucas Sagara, Gabriela Lucenti, Claire Jézequél e Flávio Racy. O grupo conta com o apoio da Balau Madeiras, Barrado Tintas, Marcenaria Barban e Zezé Figurinos.
As apresentações de “Wine Merewá” fazem parte da temporada do projeto de popularização do teatro na Casa de Cultura e Arte, que continua com apresentações das peças do repertório da Cia. “Ainda sem Nome” e convidados no sistema de bilheteria “pague quanto quiser”.
Mais informações sobre a peça no site www.aindasemnome.art.br.

Oficinas para crianças e adolescentes

As Oficinas de Cultura e Arte da Cia. “Ainda sem Nome” são cursos rápidos e gratuitos de teatro, dança e música para iniciantes, com objetivo de apresentar aos participantes o universo dessas artes e voltados a crianças e adolescentes entre 10 e 18 anos.

A partir do dia 11 de outubro a Casa abre inscrições para três novas oficinas de teatro, dança e musicalização em comemoração ao mês das crianças e as inscrições serão realizadas na Casa de Cultura e Arte (Av. Caramuru, 1516) das 14h às 17h30.

O projeto conta com o apoio da Secretaria Municipal da Cultura/Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto através do Programa de Incentivo à Cultura 2010 e parceria com artistas da cidade. Maiores informações no site www.culturaearte.art.br ou pelos telefones (16) 3441-2475/8188-1400.

Contação de histórias

Para finalizar a programação do mês das crianças a Cia. “Ainda sem Nome” realiza uma Contação de Histórias com os atores Flávio Racy e Michelle Maria.

O folclore brasileiro é o tema do evento que trás histórias sobre os seres fantásticos e suas aventuras de forma alegre e divertida para crianças de todas as idades.

A apresentação acontece no domingo, dia 24, às 17h, também na Casa de Cultura e Arte (Av. Caramuru, 1516) com bilheteria no sistema “pague quanto quiser”.
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Wine Merewá

Cia. “Ainda sem Nome”

Data: 10 e 17/10 (domingos) – 17h

Local: Casa de Cultura e Arte – Av. Caramuru, 1516 - (16) 3441-2475 / 8188-1314

Ingressos: Campanha de Popularização do Teatro – “Pague quanto quiser”

Informações: www.aindasemnome.art.br / www.culturaearte.art.br

Duração: 70 minutos

Classificação: 06 anos

Contação de Histórias

Cia. “Ainda sem Nome”

Data: 24/10 (domingos) – 17h

Local: Casa de Cultura e Arte – Av. Caramuru, 1516 - (16) 3441-2475 / 8188-1314

Ingressos: Campanha de Popularização do Teatro – “Pague quanto quiser”

Duração: 30 minutos

Classificação: livre

Oficinas de Teatro, Danças Brasileiras e Musicalização

Cia. “Ainda sem Nome” e parceiros

Inscrições: Casa de Cultura e Arte – Av. Caramuru, 1516 - (16) 3441-2475 / 8188-1314

Informações: www.culturaearte.art.br

Em Cravinhos os fieis se unem para reconstruir um patrimônio, a Igreja de São Benedito.

Eis ai um bom exemplo de cidadania e dedicação para todos nós, os moradores de Cravinhos se unem para preservar o patrimônio histórico de sua cidade, o patrimônio em questão é centenária capela de São Benedito, abaixo clique no link para assistir o vídeo da reportagem realizado pela EPTV, faço parte aqui em Ribeirão Preto do Conpacc, que é o conselho responsável pela preservação do patrimônio histórico de nossa cidade, e sinto falta aqui na cidade de exemplos como esse.

Fonte: EPTV - Reportagem Ana Paula Araújo

http://eptv.globo.com/emc/VID,0,1,23488;3,reconstrucao+igreja.aspx

domingo, 10 de outubro de 2010

Frei Betto: Dilma e a fé cristã

Artigo de Frei Betto, publicado na coluna "Tendências/Debates" da Folha:

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência. Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de "marxista ateia".

Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.

Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória - diria, terrorista - acusar Dilma Rousseff de "abortista" ou contrária aos princípios evangélicos. Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.

Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo. Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica. Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que "a árvore se conhece pelos frutos", como acentua o Evangelho.

É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam. Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto...

Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.

Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.

Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.

A resposta de Jesus surpreendeu: "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes..." (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.

Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.

Um Brasileiro

Tive o prazer de conhecer no sábado dia 02 de Outubro um brasileiro exemplo, que de forma irreverente e criativa demonstrava sua arte cantando e tocando no centro da cidade, chamando a atenção de quem passava por ali, impossível não reparar em seu instrumento musical, uma bateria feita artesanalmente, com tambores, coroa de bicicleta, e resto de material reciclável.
Seu nome é João José da Silva, Baiano da cidade de Jacobina, e seu maior sonho é ter uma bateria, apesar das dificuldades, o que ganha tocando sempre ajuda aqueles que mais precisam segundo suas palavras, se você quiser conhecer um pouco mais deste brasileiro ouça a entrevista que o mesmo me concedeu na tarde de sábado, foi mais um bate papo de improviso do que uma entrevista de fato, mas que valeu muito a pena pelo aprendizado que o mesmo me proporcionou pela sua trajetória de vida e determinação.












ENTREVISTA CLIQUE AQUI : Clipe som 40.wav

sábado, 9 de outubro de 2010

PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO

COM DILMA NO SEGUNDO TURNO
Os resultados da eleição do dia 3 de outubro são uma grande vitória do
povo brasileiro.
Dilma Rousseff e Michel Temer obtiveram mais de 47 milhões de votos,
patamar semelhante aos de Lula nos primeiros turnos das eleições de 2002
e 2006.
Os Partidos que integram a coligação vitoriosa elegeram 11 governadores
e disputam o segundo turno em 10 outros estados.
Com mais de 350 deputados, sobre 513, entre aliados e coligados, o
próximo Governo terá a maioria da Câmara Federal. Será também
majoritário no Senado, com mais de 50 senadores. Terá, pelo menos, 734
deputados estaduais.
Estão reunidas, assim, todas as condições para a vitória definitiva em 31 de
outubro.
Para tanto, é necessário clareza política e capacidade de mobilização.
A candidatura da oposição encontra-se mergulhada em contradições.
Tentam atrair os verdes, mas não podem tirar o velho e conservador DEM
de seu palanque. Denuncia “aparelhismos”, mas já está barganhando
cargos em um possível ministério. Proclama-se democrata, mas persegue
jornalistas e censura pesquisas. Seus partidários tentam sair dessa situação
por meio de uma série de manobras que buscam confundir o debate
político nacional. Espalham mentiras e acusações infundadas
Mas o que está em jogo hoje no país é o confronto entre dois projetos.
De um lado, o Brasil do passado, da paralisia econômica, do gigantesco
endividamento interno, mas também da dívida externa e da submissão ao
FMI. O Brasil que quase foi à falência nas crises mundiais de 95, 97 e 98.
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O Brasil de uma carga tributária que saltou de 27% para 35% do PIB. O Brasil
dos apagões, e do sucateamento da infraestrutura. O Brasil da privataria,
que torrou nossas empresas públicas por 100 bilhões de dólares e conseguiu
a proeza de dobrar nossa dívida pública. E já estão anunciando novas
privatizações, dentre elas a do Pré Sal.
O Brasil do passado, do Governo FHC, que nosso adversário integrou, é o
país que não soube enfrentar efetivamente a desigualdade social e não
tinha vergonha de afirmar que uma parte da população brasileira era
“inempregável”. Portanto, o Brasil do desemprego.
Era o Brasil do desmonte do Estado e da perseguição aos funcionários.
Era o Brasil das universidades à beira do colapso e da proibição do
Governo Federal de custear escolas técnicas.
Mas, sobretudo, era o país da desesperança, de governantes de costas
para seus vizinhos da América Latina, cabisbaixos diante das potências
estrangeiras em cujos aeroportos se humilhavam tirando os sapatos.
Em oito anos o Brasil começou a mudar. Uma grande transformação se
iniciou e deverá continuar e aprofundar-se no Governo Dilma.
O Brasil de Lula, hoje, e o de Dilma, amanhã, é e será o país do crescimento
acelerado que gera cada vez mais emprego e renda. Mas um país que
cresce porque distribui renda. Que retirou 28 milhões de homens e mulheres
da pobreza. Que possibilitou a ascensão social de 36 milhões de brasileiros.
Que criou mais de 14 milhões de empregos formais. Que expandiu o
crédito, sobretudo para os de baixa renda. Que fez crescer sete vezes os
recursos para a agricultura familiar. E que fez tudo isso sem inflação ou
ameaça dela. O Brasil de Lula e de Dilma é o país que possui uma das mais
baixas dívidas internas do mundo. Que deixou de ser devedor
internacional, passando à condição de credor. Que não é mais servo do
FMI. É o país que enfrentou com tranquilidade a mais grave crise
econômica mundial. Foi o último a sofrer seus efeitos e o primeiro a sair
dela.
Dilma continuará a reconstruir e fortalecer o Estado e a valorizar o
funcionalismo. O Brasil de Lula e de Dilma está reconstruindo
aceleradamente sua infraestrutura energética, seus portos e ferrovias. É o
Brasil do PAC. O Brasil do Pré Sal. O Brasil do Bolsa Família. É o Brasil do
Minha Casa, Minha Vida, que vai continuar enfrentando o problema da
moradia, sobretudo para as famílias de baixa renda.
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Nosso desenvolvimento continuará sendo ambientalmente equilibrado,
como demonstram os êxitos que tivemos no combate ao desmatamento e
na construção de alternativas energéticas limpas. Manteremos essa
posição nos debates internacionais sobre a mudança do clima.
No Brasil de Lula e de Dilma foi aprovado o FUNDEB que propiciou melhoria
salarial aos professores da educação básica. É o país onde os salários dos
professores universitários tiveram considerável elevação. Onde se criaram
14 novas universidades federais e 124 extensões universitárias. Onde mais
de 700 mil estudantes carentes foram beneficiados com as bolsas de
estudo do Prouni e 214 Escolas Técnicas Federais foram criadas. Onde 40
bilhões de reais foram investidos em ciência e tecnologia. Esse Brasil
continuará a desenvolver-se porque o Governo Dilma cuidará da préescola
à pós-graduação e fará da educação de qualidade o centro de
suas preocupações. O Brasil de Dilma continuará dando proteção à
maternidade e protegendo, com políticas públicas, as mulheres da
violência doméstica. Será o Brasil que dará prosseguimento às políticas de
promoção da igualdade racial.
Os alicerces de um grande Brasil foram criados. Mais que isso, muitas das
paredes desta nova casa já estão erguidas.
A obra não vai parar.
Vamos prosseguir no esforço de dar saúde de qualidade com mais UPAS,
Samu, Brasil Sorridente, Médicos de Família.
Vamos continuar o grande trabalho de garantir a segurança de todos os
brasileiros, com repressão ao crime organizado e controle das fronteiras,
mas, sobretudo, com respeito aos direitos humanos, ações sociais e a
participação da sociedade como vêm acontecendo com as UPP.
Vamos continuar a ser um país soberano, solidário com seus vizinhos. Um
país que luta pela paz no mundo, pela democracia, pelo respeito aos
direitos humanos. Um país que luta por uma nova ordem econômica e
política mundial mais justa e equilibrada.
Os brasileiros continuarão a ter orgulho de seu país.
Mas, sobretudo, queremos aprofundar nossa democracia. A grande vitória
que a coligação PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO obteve nas eleições
para o Congresso Nacional permitirá que Dilma Rousseff tenha uma sólida
base de sustentação parlamentar.
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Diferentemente do que ocorreu entre 1995 e 2002, a nova maioria no
Congresso não é resultado de acordos pós-eleitorais. Ela é o resultado da
vontade popular expressa nas urnas. Essa maioria não será instrumento
para esmagar as oposições, como no passado. Queremos um Brasil unido
em sua diversidade política, étnica, cultural e religiosa.
Por essa razão repudiamos aqueles que querem explorar cinicamente a
religiosidade do povo brasileiro para fins eleitorais. Isso é um desrespeito às
distintas confissões religiosas. Tentar introduzir o ódio entre as comunidades
religiosas é um crime. Viola as melhores tradições de tolerância do povo
brasileiro, que são admiradas em todo o mundo.
O Brasil republicano é um Estado laico que respeita todas as convicções
religiosas. Não permitiremos que nos tentem dividir.
O Brasil de Dilma, assim como o de Lula, é e será uma terra de liberdade,
onde todos poderão, sem qualquer tipo de censura, expressar suas idéias e
convicções.
Será o Brasil que se ocupará de forma prioritária das crianças e dos jovens,
abrindo-lhes as portas do futuro. Por essa razão dará ênfase à educação e
à cultura.
Mas será também um país que cuidará de seus idosos, de suas condições
de vida, de sua saúde e de sua dignidade.
Sabemos que os milhões que estiveram conosco até agora serão muitos
mais amanhã.
Para dar continuidade a essa construção iniciada em 2003 convocamos
todos os homens e mulheres deste país. A hora é de mobilização. É
importante que nas ruas, nas escolas, nas fábricas e no campo a voz da
mudança se faça ouvir mais fortemente do que a voz do atraso, da
calúnia, do preconceito, da mentira, dos privilégios.
À luta, até a vitória.

Brasília, 07 de outubro de 2010.
Coligação Para o Brasil Seguir Mudando.

Serra abre quase uma praça de pedágio por mês em SP

Como governador, o presidenciável tucano, José Serra, abriu nove praças de pedágio apenas em 2009. É quase uma nova praça de pedágio por mês. Já são 117 em todo o estado. As tarifas elevadas e o abuso de rodovias privatizadas deu a Serra a alcunha de "Zé Pedágio". Sua administração, também chamada como a "farra dos pedágios", foi criticada por Heródoto Barbeiro, em entrevista no programa "Roda Viva". Misteriosamente, no dia seguinte às críticas, Heródoto deixou a emissora do programa.



Fonte:http://www.vermelho.org.br/
Política Eleição, aborto e a infantilização da religião

08.10.10 – BRASIL
Eleição, aborto e a infantilização da religião

Jung Mo Sung *

na Adital, por sugestão da leitora Adenilde Petrina

Por que bispos, padres e grupo religiosos que sempre defenderam a separação radical entre a religião e política, que sempre criticaram a discussão política no âmbito da Igreja ou até mesmo a relação “fé e política”, estão fazendo, até mesmo nas missas, campanha aberta contra Dilma?

Uma primeira resposta poderia ser: hipocrisia. Respostas moralistas podem satisfazer o “juiz moralista” que todos nós carregamos no mais profundo do nosso ser, mas não são boas para nos ajudar a entender o que está acontecendo.

Esta campanha contra a candidatura da Dilma, e com isso o apoio explícito ou implícito à candidatura do Serra, está sendo feita de várias formas, mas com um elemento comum: os católicos e os “crentes” não devem votar nela porque ela seria a favor do aborto e, por isso, contra a vida. Alguns agregam também a acusação de que, se ela for eleita, as TVs católicas e evangélicas seriam proibidas de veicular os programas religiosos ou obrigadas a diminuir o seu tempo de duração. É a velha acusação de que “comunistas” são contra a religião.

Essas duas acusações são expressas e justificadas através de lógicas religiosas, e não a partir da “racionalidade leiga” que deve caracterizar a discussão sobre a política hoje. Esses grupos não admitem a distinção entre a religião e a política, ou melhor, não admitem a “autonomia relativa” do campo político e de outros campos -como o econômico- que se emanciparam da esfera religiosa no mundo moderno. Por isso, eram e são contra “fé e política” ou o debate sobre a política no campo religioso, pois esses debates são feitos normalmente a partir do princípio da autonomia relativa da política. Isto é, a discussão sobre questões políticas são feitas com argumentos de racionalidade sócio-política e não submetidos ao discurso meramente religioso.

Para esses grupos (é preciso reconhecer que ocorre também em outros grupos político-religiosos), os valores religiosos (do seu grupo) devem ser aplicados diretamente a todos os campos da vida pessoal e social. E, em casos graves como aborto, ser impostos sobre toda a sociedade através das leis do Estado. Nesses casos, não seria misturar a religião com a política, mas seria a “defesa” dos mandamentos e valores religiosos; ou colocar a política a serviço dos valores religiosos (nessa discussão apresentados como “a serviço da vida”). Pois, nada estaria acima dos “mandamentos de Deus”. Desta forma não se reconhece a autonomia relativa do campo político, a dificuldade de se passar do princípio ético abstrato (do tipo “defenda a vida”) para as políticas sociais concretas, e muito menos se aceita a pluralidade de religiões com valores diversos e propostas de ação divergentes e conflitantes.

Esta é a razão pela qual esses grupos não entendem e nem aceitam a resposta dada por Dilma de que ela, pessoalmente, é contra o aborto, mas que ela vai tratar esse tema como um problema de saúde pública. Para ouvidos daqueles que crêem que não há ou não deve haver separação entre a saúde pública (o campo da política social) e a opção religiosa pessoal do governante, a resposta da Dilma soa como eu não sou contra o aborto, que logo é traduzido na sua mente como “eu sou a favor do aborto”.

E se ela é a favor do aborto, ela é contra a vida e, portanto, ela é do “mal”. Enquanto que, por oposição, o outro candidato seria do “bem”.

Reduzir toda a complexidade da “defesa da vida” -a que um/a presidente deve estar comprometido/a- à manutenção da criminalização do aborto (que é o que está discutido de fato neste debate sobre ser a favor ou contra o aborto) é uma simplificação mais do que exagerada. Simplificação que deixa fora do debate, por ex., toda a discussão sobre políticas econômicas e sociais que afetam a vida e a morte de milhões de pessoas. Mas é compreensível quando os cristãos têm muita dificuldade em perceber quais são os caminhos concretos e possíveis para viver a sua fé na sociedade, perceber em que a sua fé pode fazer diferença na vida social. Diante de tanta complexidade, a tentação mais fácil é simplificar o máximo para separar “os do bem” de “os do mal”.

Essa simplificação me lembra a pergunta que os meus filhos, quando muito pequenos, me faziam ao assistir um filme: “pai, ele é do bem?” Se sim, eles torciam por aquele que “é do bem” contra o “do mal”. Essa necessidade de separar os do bem e os do mal faz parte da condição mais primária do ser humano. O problema é que reduzir toda a complexidade da luta em favor da vida ao tema de ser favor ou contra a manutenção da criminalização do aborto é infantilizar a discussão política e, o que é pior, é infantilizar a própria religião que professa.

[Autor, em co-autoria com Hugo Assmann, de "Deus em nós: o reinado que acontece na luta em favor dos pobres"].

* Coord. Pós-Graduação em Ciências da Religião, Universidade Metodista de São Paulo

Fonte:http://www.viomundo.com.br

Marina dando sinais

Olha só que a Marina expressa nesta entrevista, diz claramente que o Brasil está preparado para ter uma mulher na Presidência da república, será um sinal? Eu acho óbvio e você?

Trilha Sonora do Feriado

Segue uma montagem da música Epitáfio do Titãs, uma música que é a trilha sonora de um final de semana como esse com um feriadão, vale a pena conferir...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Olha o gato Possuido

Esse video impressiona, dá banho de água benta nesse gato...

Voto do pecado e o poder satânico

Artigo publicado no jornal Valor Econômico

A campanha religiosa contra a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, estava em andamento e foi subestimada pelo comitê petista. O staff serrista prestou mais atenção nisso. No dia 14 de setembro, a mulher de José Serra, Mônica Serra, em campanha para o marido no município de Nova Iguaçu, no Rio, falou a um eleitor evangélico, para convencê-lo a não votar em Dilma: “Ela é a favor de matar criancinhas”, disse, segundo relato do jornal “O Estado de S. Paulo”. Mônica quis dizer, usando cores muito, muito fortes, que Dilma era a favor do aborto, e portanto não merecia o voto de um evangélico. Não deve ter sido da cabeça dela – falou porque as pesquisas qualitativas do PSDB já deviam mostrar que a onda “antiabortista” estava pegando, embalada por bispos e padres da Igreja Católica e pastores evangélicos.

Da parte da ala conservadora da Igreja Católica, a articulação foi feita com alarde, de forma a induzir os fiéis de que a recomendação de não votar em Dilma, ou em qualquer outro candidato do PT, veio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A CNBB reagiu timidamente a essa ofensiva, com uma carta que foi também instrumentalizada pelos conservadores, que hoje não são poucos. “Falam em nome da CNBB somente a Assembleia Geral, o Conselho Permanente e a Presidência”, diz a nota, para em seguida lembrar que o documento oficial sobre as eleições, tirado na 48ª Assembleia Geral, foi a “Declaração sobre o Momento Político Nacional”, que não faz referência direta a candidatos ou partidos. Um trecho da carta oficial, todavia, foi apresentado aos fiéis paulistanos como prova de que a Igreja, como instituição, vetava o voto aos petistas. “(…) incentivamos a todos que participem (…), procurando eleger pessoas comprometidas com o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana”.

A campanha da Igreja conservadora contra Dilma está usando um sofisma: o “respeito incondicional à vida” torna a igreja antiabortista; o PT defendeu o aborto; logo, o voto em Dilma é pecado. É esse sofisma que foi colocado aos padres de São Paulo pela Regional Sul 1 da CNBB como uma ordem. A secção da CNBB no Estado está impondo a campanha política nas igrejas como obrigação de hierarquia: há uma determinação para que os padres falem na homilia que o voto ao PT é pecado. Os padres estão obrigados também a distribuir jornais de suas dioceses na porta das igrejas, que não raro colocam o veto ao voto no PT como uma determinação da “CNBB”, sem especificar que é da CNBB da Regional Sul 1.

Com ajuda da Igreja, Serra chega aos pobres via medo

Guarulhos é o grande foco, mas não o único. O bispo Luiz Gonzaga Bergonzini declara publicamente “ódio ao PT”. Sua diocese foi uma das formuladoras, na Comissão da Vida da Região Sul, do documento que deu “subsídios” para o manifesto anti-PT que está sendo distribuído nas paróquias como posição oficial da Igreja Católica. Um padre de Guarulhos conta que Dom Luiz Gonzaga vai se aposentar em sete meses, e tem aproveitado seus últimos momentos como bispo para militar ativamente contra o partido de Lula. Para isso, tem usado seu poder de “mordaça” – a autoridade máxima da paróquia é a diocese, e o bispo pode impor suspensões a padres que não seguirem as suas ordens, ou criticarem publicamente suas posições.

Segundo uma senhora que é católica militante, bem longe de Guarulhos, no bairro de Campo Limpo, os bispos levaram ao pé da letra a orientação da regional da CNBB. A senhora ouviu do padre da sua paróquia, durante a pregação do sermão, que os católicos que votassem em Dilma Rousseff deveriam se confessar depois, porque teriam cometido um pecado. Preferiu o discurso da corrupção ao discurso so aborto. E garantiu que recomendava o voto contra o PT por ordem do bispo.

O vereador Chico Macena (PT), da capital paulista, que é ligadíssimo à Igreja, conta que várias paróquias da região de São Lucas falaram contra o PT na homilia. Ele acredita que esse movimento da igreja conservadora paulista influenciou o voto contra Dilma em algumas regiões.

Na campanha de Dilma, soou o alarme apenas na semana anterior às eleições. Foi quando a candidata se reuniu com líderes religiosos e garantiu a eles que não havia defendido o aborto.

A guerra religiosa não se limitou a sermões de padres ou pregações de pastores evangélicos. Espalhou-se como um rastilho pela internet uma “denúncia” de envolvimento do candidato a vice de Dilma, o deputado Michel Temer (SP), com o “satanismo”. O site Hospital da Alma, ligado à Associação dos Blogueiros Evangélicos, diz que Dilma, se vencer a disputa, morrerá por obra de Satã, para que o sacerdote Temer assuma a Presidência.

As versões religiosas sobre a candidatura governista são inventivas e, no conjunto, ajudam a formar um clima de pânico que, em algum momento, pode resultar numa explosão em que a racionalidade da escolha do candidato ao segundo turno escorra pelo ralo.

Não deixa de ser irônico. A Igreja progressista esteve na base da formação do PT, embora limitada a regras da não militância política dentro das paróquias. Teve um papel fundamental em São Paulo. É aqui no Estado, que deu uma guinada conservadora durante e após os governos de Fernando Henrique Cardoso, que a Igreja Católica tem imposto os maiores prejuízos à candidata petista. Dois papados conservadores reduziram os progressistas católicos de São Paulo a um rebanho desorganizado e destituído de poder na hierarquia da Igreja.

A outra ironia da história é que, no momento em que perdem significativamente a força os chefes de política locais, em função dos programas de transferência de renda do governo, e o PT passa a ser o interlocutor preferencial junto aos pobres, os seus adversários tenham arrumado um “atalho” para chegar a esse eleitor humilde, via o temor religioso. O voto colocado como “pecado”, e a eleição como obra de um “poder satânico”, recolocam o eleitorado mais pobre e menos escolarizado nas mãos de líderes conservadores, mas pela força do medo.

Maria Inês Nassif é jornalista