domingo, 22 de março de 2015

Longa Novela




No último dia 20/03/2015 o Jornal a Cidade publicou um comentário que fiz sobre a fala do Governador de chamar nossa greve de novela, e no dia 21/03/2015 a sua assessoria de imprensa respondeu meu comentário onde afirma que reconhece a legitimidade de nossa greve.
Mas se esquece de dizer que até o momento o Sr. Governador não sentou com o sindicato para negociar nossas demandas como pagamento da lei do piso, equiparação salarial, problemas das salas lotadas, corte de verbas e muito mais, quando o mesmo se nega a conversar com o sindicato é o mesmo que se omitir diante das mazelas que afetam nossa educação e não garante que os alunos tenham aulas com qualidade, pois já são 137.000 professores paralisados diante de tal omissão.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Cambalacho da Educação Paulista

No Brasil, o direito de greve é assegurado pela Constituição Federal em seu artigo 9º, e regulado pela Lei n° 7783/89, que garante, entre outras coisas, que os trabalhadores continuem recebendo seus salários e não tenham seus contratos de trabalho rompidos durante o período de paralisação.
As primeiras greves no Brasil datam do final do século 19, e não podemos deixar de registrar que todas as principais conquistas da classe trabalhadora, como o descanso semanal remunerado, a jornada de trabalho limitada de oito horas e o impedimento do trabalho do menor foram obtidas por meio de greves.
E com muita organização e pela falta de diálogo com o Governador Geraldo Alkmin – PSDB que os professores do Estado de São Paulo deflagraram greve nesse último dia 13 de Março em Assembleia, e vale ressaltar aqui que nossa luta não é apenas por salário, mas principalmente por condições de trabalho e emprego
Neste ano, tivemos fechadas mais de 3.390 classes (levantamento parcial em 73 regiões) e superlotou salas de aula com até 60 alunos (ensino regular) e até 91 alunos (Educação de Jovens e Adultos). Tivemos corte de verbas das escolas, ocasionando falta de produtos básicos como papel higiênico.
Reduziu o número de coordenadores pedagógicos, tivemos a demissão de milhares de professores categoria O, além de escolas onde os banheiros não podem ser usados por falta d´água. Nosso salário é o mais baixo com formação de nível superior de quem trabalha no Estado, nossos salário está 75,33%, defasado com relação à média do Estado para quem tem curso superior.
E ai invés de reconhecer essa situação, o Governador Geraldo Alckmin, do PSDB, mostra novamente sua face autoritária e tresloucada de governar dizendo que a decisão dos professores deflagrando greve não passa de uma “novela que acontece todos os anos”.
Gostaria de me ater a essa fala que me fez lembrar de uma novela que passou nos idos de 1986 chamada Cambalacho,  novela essa que faz uma crítica sobre ao comportamento condescendente frente a falcatruas e à corrupção, pois se nossa greve é uma novela ele mesmo é o principal autor e seu partido, que está no poder a pelo menos 20 anos no Estado, Estado esse que serviria perfeitamente para o enredo de Cambalacho, por uma gestão marcada por omissão, falta de compromisso com políticas públicas e CPI’s enterradas pela sua base de apoio na Assembleia.
Só que diferente da novela, nós professores(as), pais, alunos e sociedade paulista vamos dar um desfecho no que consideremos o capítulo final desse Governo que perde a cada dia credibilidade .

 Fabio Sardinha​
Conselheiro Estadual Apeoesp
Comunicador e Estudante de Pedagogia

quinta-feira, 5 de março de 2015

Atraso de entrega de Kit Escolar

Segue reportagem da Folha sobre problemas com entrega de material depois de um mês de inicio de aulas, Apeoesp presente na luta pela qualidade de nosso ensino paulista.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ribeirao/210520-alunos-nao-recebem-kits-de-material-em-escolas-da-regiao.shtml#_=_