Esse ano deve ficar na história do
magistério paulista, diante da falta de Planejamento e dialogo com professores,
comunidade, estudantes e sindicato. São Paulo teve a maior greve da história do
Magistério Paulista, 92 dias, 14 semanas, professores e professoras através da
Apeoesp desencadearam o movimento grevista em defesa de uma Educação Pública de
Qualidade, emprego e salário.
O
governo de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, no começo do ano, aumentou seu
próprio salário e de Secretários, mas com relação aos professores não
apresentou nenhum índice de reajuste, acenou para Julho apresentar algum
índice, mas já estamos em Setembro e nada, mesmo após todo o movimento para
abrir o diálogo e resolver os problemas da educação paulista o Governo insiste
nesse estilo monologo de Governar sem ouvir especialistas, comunidade escolar e
a Apeoesp.
O governador sugere resolver os problemas apontados
pela Apeoesp como as salas superlotadas, a precarização nos contratos de
temporários e a falta de condições de trabalho do professorado reduzindo investimentos
e suas responsabilidades curriculares – transferindo para os municípios a
responsabilidade dos anos iniciais do ensino Fundamental, e para os alunos com
a irresponsável reforma no ensino médio.
Mais de 70
entidades ligadas a educação no Fórum |Estadual de Educação Paulista apresentaram
uma proposta com 20 metas para o Plano estadual de Educação, mas preservando
seu estilo autoritário de não negociar com os professores da rede, através do
seu secretário da Educação,
Herman Voorwald, apresenta por
meio da imprensa e através do
Conforme
noticiado pela imprensa o Governo informa que a reforma deverá ser implementada
aos poucos, em algumas escolas, a partir do ano que vem e em alguns momentos
chegou até defender a municipalização do ensino médio paulista.
Estamos passando por um momento rico de
debates após a aprovação do Plano Nacional de Educação que acena para
investimentos na ordem de 10% do PIB para Educação e também o Fundo Social que
destina recursos oriundo dos royalties do Petróleo para Educação, ciência e
tecnologia, mas no estado de São Paulo temos o contrassenso do que avançamos no
Plano nacional.
Nosso desafio é que qualquer alteração da
grade curricular seja amplamente debatido tanto no Fórum Estadual de Educação
como com as entidades, Apeoesp, comunidade escolar, pais e estudantes de forma
democrática, por isso nessa chamada semana da Pátria que vai do dia 07 até 13
de Setembro vamos nos debruçar sobre esse debate através de um Plebiscito
proposto pela Apeoesp no intuito de consultar a população sobre essas mudanças,
queremos a opinião de quem está na escola pública e se essa mudança favorece
quem nela está e precisa de um conteúdo mínimo nos anos finais do ensino médio
para se destacar no ENEM e demais exames das Universidades Paulistas e Federais,
do contrário continuaremos fadados a um educação cada vez mais bancária e jamais
libertadora como preconizava o grande educador Paulo Freire.