sábado, 5 de setembro de 2015

Por um Ensino Médio Libertador, rumo ao Plebiscito




Esse ano deve ficar na história do magistério paulista, diante da falta de Planejamento e dialogo com professores, comunidade, estudantes e sindicato. São Paulo teve a maior greve da história do Magistério Paulista, 92 dias, 14 semanas, professores e professoras através da Apeoesp desencadearam o movimento grevista em defesa de uma Educação Pública de Qualidade, emprego e salário.

 O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, no começo do ano, aumentou seu próprio salário e de Secretários, mas com relação aos professores não apresentou nenhum índice de reajuste, acenou para Julho apresentar algum índice, mas já estamos em Setembro e nada, mesmo após todo o movimento para abrir o diálogo e resolver os problemas da educação paulista o Governo insiste nesse estilo monologo de Governar sem ouvir especialistas, comunidade escolar e a Apeoesp.
O governador sugere resolver os problemas apontados pela Apeoesp como as salas superlotadas, a precarização nos contratos de temporários e a falta de condições de trabalho do professorado reduzindo investimentos e suas responsabilidades curriculares – transferindo para os municípios a responsabilidade dos anos iniciais do ensino Fundamental, e para os alunos com a irresponsável reforma no ensino médio.

Mais de 70 entidades ligadas a educação no Fórum |Estadual de Educação Paulista apresentaram uma proposta com 20 metas para o Plano estadual de Educação, mas preservando seu estilo autoritário de não negociar com os professores da rede, através do seu secretário da Educação, Herman Voorwald,  apresenta por meio da imprensa e através do

PL n°1083 de 2015 suas inclinações de alterar a organização curricular desta última etapa da educação básica, dando ao aluno a possibilidade de montar seu currículo nos 2º e 3º anos.

Conforme noticiado pela imprensa o Governo informa que a reforma deverá ser implementada aos poucos, em algumas escolas, a partir do ano que vem e em alguns momentos chegou até defender a municipalização do ensino médio paulista.

Estamos passando por um momento rico de debates após a aprovação do Plano Nacional de Educação que acena para investimentos na ordem de 10% do PIB para Educação e também o Fundo Social que destina recursos oriundo dos royalties do Petróleo para Educação, ciência e tecnologia, mas no estado de São Paulo temos o contrassenso do que avançamos no Plano nacional.

Nosso desafio é que qualquer alteração da grade curricular seja amplamente debatido tanto no Fórum Estadual de Educação como com as entidades, Apeoesp, comunidade escolar, pais e estudantes de forma democrática, por isso nessa chamada semana da Pátria que vai do dia 07 até 13 de Setembro vamos nos debruçar sobre esse debate através de um Plebiscito proposto pela Apeoesp no intuito de consultar a população sobre essas mudanças, queremos a opinião de quem está na escola pública e se essa mudança favorece quem nela está e precisa de um conteúdo mínimo nos anos finais do ensino médio para se destacar no ENEM e demais exames das Universidades Paulistas e Federais, do contrário continuaremos fadados a um educação cada vez mais bancária e jamais libertadora como preconizava o grande educador Paulo Freire.