domingo, 7 de janeiro de 2018

Jornal a Cidade "Operação privatiza Daerp"


Hoje dia 07 de Janeiro de 2017 o Jornal a Cidade de Ribeirão Preto traz uma matéria sobre os problemas no Daerp, e sugere que uma das causas dos problemas enfrentados no setor seria corpo mole dos funcionários com um suposto movimento dos funcionários adjetivado como operação tartaruga, só que o jornalista que produziu a matéria se "esqueceu" de citar um episódio de 2017 envolvendo o diretor técnico do Daerp, Waldo Villani Júnior, que após o vazamento do áudio pediu exoneração, que reproduzo aqui:

"Vocês não entenderam? O Daerp está para morrer. O que nós estamos fazendo aqui, assoprando, fazendo respiração boca a boca, massagem cardíaca, para tentar fazer o Daerp levantar, ressuscitar. A ordem do Nogueira foi fazer o quê? Se não tiver jeito, mata, acaba, encerra."

Quando o Prefeito ordena para acabar com o Daerp, creio que está claro o intuito dessa gestão, e o jornal se propõe a fazer uma reportagem sobre a autarquia em questão de forma parcial, sem abordar esses fatos que estão diretamente ligados a atual situação de sucateamento do órgão, colocando como responsável apenas os trabalhadores em consonância com a opinião do superintendente Afonso Reis.

 Não faz muito tempo jornalista do A Cidade  Wesley Alcântara, teve seu nome citado no relatório da Polícia Federal sobre a perícia realizada no celular do empresário Marcelo Plastino, proprietário da Atmosphera, em ação que integra a investigação da Operação Sevandija.

Quando o Jornal reproduz uma matéria de interesse do executivo como nesse caso levando a opinião pública se colocar contra os funcionários, que segundo a matéria colaboram de forma proposital para o atraso nos serviços, também deixa de fazer jornalismo plural e democrático para atuar politicamente a serviço de um projeto de privatização do Daerp, isso claro de forma sútil, mas nas entrelinhas, como já dizia Roland Barthes, Sociólogo e crítico literário:

 "Toda a recusa duma linguagem é uma morte."

Com a palavra sindicato e trabalhadores que precisam dar uma resposta a altura quem sabe até um ato de resposta na porta do Jornal.

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