quarta-feira, 29 de junho de 2011

O cavalo de Tróia da Proibição das sacolas plásticas



O cavalo de Tróia é uma narrativa sobre a conquista da cidade de Tróia pelos gregos que utilizaram um imenso cavalo de madeira que abrigava diversos soldados gregos dentro do seu ventre que deixaram nas muralhas de tróia para presentear os gregos que tiveram uma infeliz surpresa com os soldados saindo de dentro do cavalo invadindo a cidade e vencendo a guerra.


Diante deste episódio teve um troiano que não acreditou neste chamado presente dos gregos, Laocoonte que foi ignorado por todos e a história demonstrou que ele estava correto em seu questionamento.


Descrevo em poucas palavras esta narrativa Grega para alertar nossa população e em conseqüência nossos governantes de plantão sobre estas iniciativas recentes em proibir a utilização de sacolas plásticas em nossa cidade, muitos são levados a pensar que o vilão do meio ambiente são as sacolinhas plásticas, meu dever nesse texto é passar algumas informações ao nobre leitor para que o mesmo faça seu melhor julgamento e compreenda quais são os reais interesses por trás desta medida que se avizinha, se são os que levam em conta a proteção ao meio ambiente ou aos interesses mais imediatos do lucro penalizando a população com mais taxas para pagar.


Em estudos recentes feitos pelo IBOPE em consulta as donas de casa, 75% aprovaram a utilização das sacolas plásticas como forma mais eficiente e higiênica de condicionar produtos, diante das opções para embalar produtos às sacolas plásticas são as que menos emitem CO2 o gás responsável pelo efeito estufa e posterior aquecimento do planeta, as sacolas diferente do que se propagandeia pelos meios de comunicação são responsáveis por apenas 0,2% do lixo urbano e todas que utilizam o polietileno derivadas do petróleo são recicláveis e reutilizáveis, quantos de nós não reutilizamos a sacolas plásticas para diversas ações que vão desde embalar objetos até se proteger da chuva.


As sacolas são recicláveis e o seu reaproveitamento é perfeitamente possível dentro do que já preconiza os conceitos internacionais de reciclagem, para reduzir o seu consumo irresponsável as indústrias adotaram normas e medidas como a Norma Técnica ABNT NBR-14937 e o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, desenvolvido pela Plastivida, Instituto Nacional do Plástico (INP) e Associação Brasileira da indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief).


Segundo o presidente da Plastivida Miguel Bahiense em entrevistas a revista exame de 24/05/2011, através de medidas como essas a redução na produção de sacolas é latente, em 2008 17,9 bilhões de sacolas foram produzidas, 2010 já foram 13,9 bilhões e a estimativa em 2011 são 700 milhões de sacolas.


As grande redes de supermercados através da APAS orquestram uma ação política de marketing com um viés ambientalista para proibir a comércio de sacolas plásticas em todo estado de São Paulo, os grandes supermercados chegam a comprometer 0,5% do seu faturamento com a gratuidade das sacolas, com a proibição além de economizar em suas contas eles vão faturar vendendo sacolas para população a um preço inicial de 0,19 centavos por sacola "alternativa".


Foi realizada no último dia 27 de Junho em Ribeirão Preto uma reunião que estive presente, entre o poder público e demais fabricantes de sacolas com varejistas, e a alternativa oferecida pelo setor é uma parceria implantando na cidade o programa de consumo responsável e estendendo a coleta seletiva para toda cidade, garantindo assim os empregos do setor, o desenvolvimento de nossa cidade e a proteção do meio ambiente como já preconiza o chamado tripé da sustentabilidade que nada mais é que buscar a harmonia entre o econômico, social e ambiental.


Espero que a história grega de tróia nos sirva de aprendizado na atualidade para que depois a população não fique como o grego Laocoonte que alertou os poderosos sobre o perigo do cavalo presenteado pelos troianos, mas que acabou vitimando toda população grega.


Fábio H. G. Sardinha


Professor História e estudante de radialismo




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