Artigo 8º –
Combate tendências alheias à cultura política dos comunistas, como favoritismo, carreirismo,individualismo, burocratismo e práticas corrompidas.
É citando este artigo que consta no estatuto do PCdoB que gostaria de começar este meu desabafo sobre uma situação que me incomoda.
Sou filiado ao PCdoB há quase 8 anos, sempre fui militante ativo na luta no movimento estudantil pela educação pública de qualidade, justiça social dentre outras bandeiras que considero importantes para o desenvolvimento de nossa nação, nem sempre concordei com algumas práticas de alguns dirigentes de nosso partido e sempre procurei me posicionar com coerência levando em conta ideais que acredito, sempre na luta política como prática para transformação social necessária para superação desse sistema injusto e corrupto que nos cerca.
No último dia 28 de Dezembro estive na câmara me posicionando contra a forma que foi encaminhado o estudo e posterior aumento no apagar das luzes do IPTU, questionei o vereador de nosso partido André Luiz que votou a favor do aumento sem consultar nossa direção e ouvir os demais filiados, quando falo direção digo todos os membros e não apenas 3 ou 4 que pertençam à comissão política.
Não concordei com sua postura e disse pessoalmente para o mesmo onde cobrei mais transparência nas decisões políticas que envolvam questões polêmicas como aumento de IPTU, o mesmo me explicou os seus motivos, mas após ter votado pelo aumento, respeito, mas não concordo.
E hoje estive na câmara para acompanhar a votação da lei que revogava o aumento e de forma lamentável presenciei “in loco” o que considero uma manipulação dos servidores que não posso concordar, utilizando o que considero de mais sagrado para categoria que é a assembléia para pressionar os vereadores a não aprovar a revogação do aumento do IPTU como se isso fosse afetar a negociação da categoria.
Pois o orçamento foi aprovado antes do aumento, além disso esta lei possibilitaria discutirmos com mais tempo PGV para que de fato o IPTU seja justo, cobrando mais de quem de fato pode pagar mais, e não ao contrário como vimos em diversos casos esse ano.
Só gostaria de frisar que este tema não foi debatido na direção e que tais atitudes não encontram respaldo não só nesse que escreve este desabafo, mas em muitos outros filiados que ainda acreditam que militar em um partido com uma história como a nossa esteja além de práticas pragmáticas que não levem em conta a verdadeira luta que visa de fato às transformações sociais.
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