terça-feira, 20 de março de 2018

Muitas Marielles e Andersons pelo Brasil

Dois dias antes do assassinato da vereadora e seu motorista, Paulo Nascimento que era diretor da Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia, Cainquiama, foi alvejado com quatro tiros em  sua casa em Barcarena (PA).

Ele liderava denúncias sobre crimes ambientais promovidos promovidos pela mineradora norueguesa Hydro Alunorte.

Em Dezembro de 2017, foi a vez de outro representante da associação ser assassinado, Fernando Pereira.

Segundo um dossiê lançado pelo Comitê Brasileiro de Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos, houve 66 assassinatos de defensoras e defensores no país em 2016.

 No ano de 2016, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), foi registrado o maior número de conflitos no campo dos últimos 32
anos, pois “foram contabilizados 1.079 conflitos, uma média de 2,9 registros por dia.

Os assassinatos tiveram um aumento de 22% em comparação com o ano de 2015 e é o
maior número de casos desde 2003”.

Apenas no primeiro semestre de 2017, foram 42.

Lideranças de vários movimentos, políticos, assentados, ambientalistas dentre outros que se colocam contra grupos de poder instalados muitas vezes no poder público são os principais alvos de execuções desses grupos.

Todos esse movimentos de indignação e luta que se insurgiu pela execução da vereadora deve ser o pontapé inicial para de fato combatermos esse Brasil com vies coronelista atrelado ao que há de pior instalado nos poderes públicos, a bala pertencente a um lote da polícia federal é só a ponta de um iceberg encravado bem fundo nos porões da República, e as ruas não mediram esforços para aprofundar as mudanças necessárias a um Brasil de fato para todos e todas com segurança, distribuição de renda , direitos e democracia que representa Marielle e muitos outros que deram sua vida por esse ideal.

Fábio Sardinha
Diretor Estadual Apeoesp e Comunicador

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