segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Oclae defende educação justa no Festival Mundial da Juventude

Mais de 20 mil jovens de 150 países vão participar, a partir desta segunda (13), do 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes (FMJE), que se realiza na África do Sul e tem como lema "Derrotemos o imperialismo, por um mundo de paz, solidariedade e transformação social". No evento, a Organização Continental Latino-Americana e Caribenha dos Estudantes (Oclae) petende consolidar uma plataforma para denunciar a mercantilização do ensino e impulsionar a luta por uma educação justa.

O Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes é um evento organizado pela Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD), em conjunto com o movimento estudantil mundial, desde 1947, e tornou-se o maior encontro das juventudes progressistas, assumindo importante papel na organização dos jovens do mundo pela paz, contra a guerra, por solidariedade entre os povos e contra o imperialismo.



Mais uma vez, a Oclae acompanha o Festival. Em Pretória, sede da 17ª edição deste evento para jovens, entre 13 e 21 de dezembro, a Oclae levará a realidade diversificada dos estudantes da América Latina e do Caribe, suas reivindicações históricas e as propostas para construir um mundo de paz e igualdade de direitos para todos.



Seu presidente, Yordanys Charchaval, explicou que na África do Sul serão abordados vários temas, que respondem às realidades específicas dos países que compõem a organização. Uma abordagem comum de muitas organizações que integram a Oclae é a denúncia contra os cortes orçamentais nas universidades e privatização do ensino público na América Latina.



No Tribunal Anti-Imperialista, uma das principais atividades do 17º Festival, estudantes latino-americanos e caribenhos defenderão o direito a uma educação pública muito mais ampla e de qualidade, e também pautarão a autonomia universitária, além de denunciarem a intenção da Organização Mundial do Comércio (OMC) de converter a educação em um negócio, em mercadoria, disse Charchaval.



Somos contra a privatização, disse o dirigente, que deu como exemplo deste processo o ensino superior público no Chile.Também será abordada a realidade do movimento estudantil de Porto Rico – que luta firmemente por seus direitos e denuncia o fato do país ser uma neocolônia dos Estados Unidos –, bem como perseguições e desaparecimentos de líderes estudantis na Colômbia.



Charchaval adiantou que os estudantes secundaristas hondurenhos atualizarão o mundo sobre a realidade de seu país após o golpe de Estado.



"O Festival será um espaço vital pela confluência de várias experiências em educação, e é por isso que existem tantas aspirações, muito compromisso, a fim de que se realizem bons debates e se possam alcançar resoluções e acordos substanciosos", disse ele.



A atividade vai ajudar a preparar o 16º Congresso da Oclae, uma organização que reúne 36 associações membros de 23 países e representa mais de 110.000 mil estudantes secundários e maior nível educacional da região. As entidades brasileiras, quais sejam, a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) possuem um representante do país no secretariado da Oclae.



Fonte: África Mía, por Jorge Luis Rodríguez González; com lead do Vermelho

Tradução e edição: Luana Bonone

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