quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Desafios após a Conferência Nacional de Juventude

Estive entre os dias 09 a 12 de dezembro em Brasília junto com 3 mil jovens de todos Brasil com delegações de jovens da América lática compartilhando realidades, experiências e discutindo políticas públicas de juventude.
Foram quatro dias intensos de debates, proposições e troca de experiências que resultou em 26 propostas, resoluções e moções aprovadas para servir de norte de políticas de estado para aprofundarmos as mudanças e transformações sociais em andamento desde 2005 para juventude com a criação da secretaria, conselho e política nacional de juventude.
Participei ativamente do grupo de trabalho ligado à comunicação no eixo 1, Desenvolvimento Integral, e dentro deste eixo votei para que fosse aprovado à criação e implementação do Plano Nacional de Comunicação e Juventude que contemple a “criação e ampliação de Centros de Comunicação Popular, Telecentros, pontos de acesso público e o fomento da produção de mídias alternativas, como programas de rádio, TV, mídias impressas, rádios escolares e comunitárias e internet, entre outras,  com prioridade para os/as jovens como proponentes e produtores.
O objetivo é incentivar, preferencialmente, mídias produzidas a partir da metodologia de educomunicação, com expansão do acesso e a inclusão digital no campo e na cidade. A proposta prevê a ampliação do sinal de internet (banda larga) e telefonia, valorizando a cultura regional e garantindo a formação de educadores da rede pública para tratar dessa questão nas escolas e universidades.
E desde a Conferência Estadual de Juventude levantei os desafios para atuação da juventude nas mídias convencionais e dentro desta perspectivas da necessidade do Estado Brasileiro de garantir o acesso e elaboração por parte da juventude de formas de comunicação de massa e seu devido espaço dentro das chamadas mídias convencionais que não contemplam a heterogeneidade da juventude brasileira em suas programações.
Diante de tal realidade propus dentro do documento Para Desenvolver o Brasil, levando em consideração que toda política pública têm que atender as demandas e desafios atuais da juventude dentro do contexto da comunicação, propus a seguinte proposta conjunto com a integrante da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço) Aline Nandi que foi aprovada pela plenária final:
-Promover mecanismos institucionais de democratização da distribuição e de aplicação de verbas públicas em publicidade de ações governamentais  em rádios e TVs comunitárias, bem como a instrumentalização de fundos permanentes de financiamento das atividades de comunicação comunitária  e com finalidade social , bem como a reformulação  da lei 9.612\98, garantido a ampliação da potência permitida para rádios comunitárias, maior agilidade no processo de concessão descriminalização com anistia e devolução dos equipamentos apreendidos.
Todo este processo que garantiu a aprovação de nossa proposta não seria possível sem o apoio das seguintes entidades que também estiveram presentes com seus representantes como a CUT, Contag, Fetraf, UNE, JPT, UJS, Pastoral da Juventude e demais entidades que nos apoiaram na defesa e aprovação desta proposta que entendemos como crucial para avançarmos em políticas de acesso a juventude aos meios de comunicação, pois só assim teremos a verdadeira democratização dos meios de comunicação que visa garantir o exercício pleno do direito a comunicação de toda juventude brasileira em seus mais variados anseios e demandas sociais.
Também não poderia de agradecer a todos jovens que através da Conferência Estadual de Juventude me elegeram como delegado para esta etapa nacional que me possibilitou levar estes anseios e demandas para servirem de norte na aplicação de políticas públicas em todo nosso território nacional através do Sistema Nacional de Juventude acompanhado pela Secretaria e Conselho Nacional de Juventude e aplicado nas cidades que já estiverem com suas secretarias, conselhos e fundo municipais de juventude organizados.
Agora a luta continua em nossas cidades para que os governos locais estejam em sintonia com o Plano Nacional de Juventude e estejam preparados para assumir os compromissos com nossa juventude que além de participar já demonstrou que deseja transformar sua realidade como protagonista de seu próprio destino.


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